• Misericórdia é missão

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  • 01/12/2016 12:00

    O ano que está a se findar teve seu início com as celebrações dos cinquenta anos do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada. De fato, Papa João XXIII declarou que “em nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade…”. É o desejo de a Igreja avançar no caminho iniciado em 1965. O Sumo Pontífice Papa Francisco reafirma que a missão de todo cristão é agir sempre na linha da misericórdia. Assim se expressou “A humanidade vive uma crise que não é só econômica e financeira.

    É também ecológica, moral, educativa  e humana.”  Seguindo este diapasão cabe, também, uma reflexão sobre o Evangelho Paulino. Ele, que antes perseguiu, blasfemou e oprimiu a Jesus e a seus discípulos recebeu de nosso Senhor um ministério e o confiou o seu rebanho e o fez dos prediletos.  Paulo mesmo disse que se assim procedeu no limiar de sua vida pública foi por ignorância e incredulidade.  A partir do momento em que ele abriu o seu coração alcançou a misericórdia de Cristo que veio ao mundo para salvar os pecadores  e Paulo se considerava o principal deles. 

    E Paulo não diz isso para se justificar e nem para a sua vanglória  e isso deixa patente em 1Tm 1,12-16. Espelhemo-nos em Paulo a que alcancemos o objetivo maior, a salvação.    Alguém já viu um pai ou uma mãe que não receba de braços abertos o seu filho?   Então, só não podemos deixar para vencermos a partida no último minuto. Poderá ser tarde. É compreensível que nossa finitude, imperfeições, limite e até com todo respeito, ignorância, muita das vezes provocamos quedas em nossa vida e, no entanto, Jesus está pronto a nos perdoar, a nos dar novo crédito na pura essência da misericórdia.  –A misericórdia  não é uma metáfora e nem uma questão de retórica. A misericórdia é um modo concreto de reavivar a nossa fé, de nos vincularmos o eu,  você e sermos nós.  O amor de Deus não exclui e ele nos toca sem medo e sem escandalizar. Ele é de todos indistintamente e incondicional. “Venha como está”.    “Eu vim para os doentes e não para os sãos.” Deus não pensa ou  age  movido pelo medo. 

    Ele confia em nós e em nossa transformação. É tempo de conversão, de esperança sem culpas,  e sem grilhões porque Deus é amor  e está prescrito em João 4, 7. Ele é o Senhor da história, da sua vida e lhe concede o livre arbítrio, mas, espera o seu “sim” livre e decidido. Vivemos num mundo que nos oferece facilidades e ilusões e deseja iludir principalmente os jovens com o etéreo e irreal. Jesus  é a misericórdia aos pequeninos, aos idosos, às minorias excluídas e bálsamos de sua misericordiosa presença principalmente aos indefesos aplacando as dores, curando as feridas e salvando a nossa vida.

     Coloquemos em práticas as obras de misericórdia físicas e espirituais a exemplo de vestir os nus, acolher os peregrinos, dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, , dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos, ensinar os ignorantes aconselhar os indecisos,  admoestar os pecadores, perdoar as ofensas, consolar os aflitos, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e falecidos. Clamemos sem pudores ou acanhamento e ninguém melhor que Maria a Mãe de Deus e nossa a serem o nosso arrimo e porto seguro  e em coro proclamarmos:  Jesus, fonte de misericórdia tenha piedade de nós.                       

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