• Ministro francês cobra explicação do PSG por exibição de faixa em favor da Palestina

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  • 07/nov 12:50
    Por Estadão

    Uma faixa gigante com a inscrição “Palestina Livre”, exibida na partida em que o Paris Saint-Germain foi derrotado pelo Atlético de Madrid por 2 a 1, nesta quarta-feira, em jogo válido pela Liga dos Campeões, foi um ato “inaceitável”, na opinião do ministro do Interior da França, Bruno Retailleau.

    A peça, desenrolada pelos fãs do PSG na quarta-feira à noite, apresentava o desenho de um mapa incluindo Israel, Cisjordânia e Gaza nas cores do lenço palestino Keffiyeh, que se tornou um símbolo de apoio ao povo palestino.

    Completando a confecção da faixa, havia ainda um personagem parecendo um lutador mascarado, um tanque e uma bandeira do Líbano. “Guerra no campo, mas paz no mundo”, dizia uma mensagem abaixo do banner.

    Questionado se o clube deveria ser punido, Retailleau disse, em entrevista à “Sud Radio”, que pedirá explicações ao PSG, que é propriedade da Qatar Sports Investments desde 2011.

    Ainda sobre a bandeira, o dirigente francês reforçou o seu tom de indignação. “Isso é inaceitável. As regras da Uefa proíbem mensagens políticas, e isso é uma mensagem política”, afirmou

    O protesto nas arquibancadas despertou mais declarações de descontentamento. Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das instituições judaicas francesas, disse que o banner era “escandaloso”.

    “Um mapa onde o estado de Israel não existe mais. Um combatente palestino mascarado. Esta não é uma mensagem de paz, mas um chamado ao ódio”, escreveu ele no X. “Os perpetradores deste banner devem ser punidos! Intolerável!”

    As regras da Uefa proíbem o uso de gestos, palavras, objetos ou quaisquer outros meios para transmitir uma mensagem provocativa que seja julgada inadequada para um evento esportivo, particularmente mensagens provocativas de natureza política, ideológica, religiosa ou ofensiva.

    Penalidades financeiras são típicas para uma primeira infração e podem chegar ao valor de 10 mil euros (pouco mais de R$ 61 mil) para uma faixa política ou sobre distúrbios.

    Retailleau também pediu aos clubes que garantam que a política “não estrague o esporte, que deve sempre permanecer uma força unificadora”. Escrevendo no X, ele comentou que, se tais incidentes acontecerem novamente, ele teria que considerar banir os torcedores de clubes que não respeitam as regras.

    O episódio ocorreu às vésperas da França receber a seleção de Israel. O duelo está marcado para o dia 14 de novembro, em partida válida pela Liga das Nações. O confronto vai ser realizado no Stade de France.

    Em meio a esse ambiente de instabilidade, torcedores pró-palestinos protestaram na Federação Francesa de Futebol esta semana para pedir o cancelamento do jogo.

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