• Ministra japonesa diz que adiamento ou cancelamento da Olimpíada é ‘inconcebível’

  • 11/03/2020 12:00

    O surto global do novo coronavírus, denominado Covid-19, continua dando dor de cabeça para as autoridades japonesas a poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira, Seiko Hashimoto, ministra olímpica do Japão, afirmou que é “inconcebível” adiar ou cancelar os eventos, no momento em que a epidemia da doença provoca enormes dúvidas sobre a realização deles este ano.

    “Do ponto de vista dos atletas, que são os principais atores dos Jogos de Tóquio, quando se preparam para este evento que acontece uma vez a cada quatro anos (…) é inconcebível cancelar ou adiar”, afirmou Seiko Hashimoto em uma reunião no Parlamento Japonês, em Tóquio.

    A ministra reconheceu, porém, que o “Comitê Olímpico Internacional (COI) deve tomar a decisão final sobre os Jogos”. “Pensamos que é importante que o governo ofereça uma informação correta para que o COI possa tomar a decisão apropriada”, completou. Essa definição tem como data máxima o final de maio, já que a Olimpíada começa no dia 24 de julho.

    A rápida propagação do Covid-19, que contaminou mais de 560 pessoas e já provocou 12 mortes no Japão, criou um clima de dúvida no momento em que a preparação da Olimpíada está na fase final. As declarações de Hashimoto foram feitas depois que um integrante do Comitê Organizador dos Jogos, Haruyuki Takahashi, afirmou que um adiamento de um ou dois anos era uma possibilidade.

    Os organizadores mantêm a preparação do evento como estava previsto inicialmente, afirmou Hashimoto. O comitê de Tóquio-2020 exigiu “explicações” a Takahashi, que em um comunicado oficial explicou que “expressou de forma infeliz sua opinião pessoal em resposta a uma questão hipotética”.

    “Como o presidente do COI, Thomas Bach, declarou recentemente, nem o COI nem o Comitê Organizador planejam adiar ou cancelar os Jogos de Tóquio-2020. Continuamos com os preparativos para a abertura na data inicialmente prevista”, insistiu a organização.

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