Ministério Público pede prisão preventiva de Paulo Igor

A 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Petrópolis pediu à Justiça nesta quinta-feira (12) a expedição de mandado de prisão preventiva contra o vereador afastado e candidato à reeleição Paulo Igor da Silva Carelli. O pedido é baseado, segundo o MP, no descumprimento de uma decisão judicial que proíbe que ele tenha contato com outros réus de um mesmo processo ao qual responde. O contato teria sido com o ex-assessor da Cãmara Municipal Omar Jacob, em reunião realizada no comitê de campanha na Rua José Bonifácio. Ambos são investigados em processo que apura a existência de um esquema de rachadinhas no Legislativo Municipal. Segundo o Ministério Público, Omar é articulador da campanha do candidato. 

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o contato entre os dois foi constatado em uma fiscalização realizada pelo cartório da 65ª Zona Eleitoral, no último dia 28 de outubro. Na ocasião, segundo o MP, Paulo Igor realizou reunião de campanha com vários colaboradores, inclusive ex-assessores parlamentares com os quais estava proibido de manter contato. Entre esses colaboradores estava Omar Jacob, conhecida figura do mundo político petropolitano.

De acordo com o pedido, foi descumprido o acórdão que estabeleceu condições como as previstas no art. 319 do Código Penal, ali incluída a do inciso II, para que a privação de liberdade do réu fosse condicionalmente substituída, restando caracterizada a quebra de compromisso e a necessidade do seu consequente retorno à prisão cautelar.

A defesa de Paulo Igor afirma que ele não descumpriu a decisão judicial porque não mantém contato e nem manteve contato com Omar Jacob conforme informa o Ministério Público. A defesa alega que neste dia citado pelo MP, Paulo Igor e Omar não estavam na mesma reunião.