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  • 31/05/2016 10:35

    Eleito vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, Michel Temer ocupa interinamente a presidência da república ao menos até a conclusão do processo de impedimento da presidente afastada.

    Dilma e seus seguidores, como de costume, depreciam a interinidade de Temer ao alegarem sua ilegitimidade eis que não recebera votos.

    Temer integra o PMDB (seu presidente licenciado), que é constituído e representado na maioria dos 5.570 municípios, com mais de 1.024 prefeitos, 8.000 vereadores, possuindo algo em torno de 1060 deputados estaduais, 66 deputados federais, 19 senadores, o que o torna o maior partido do país.

    Ainda que o presidente interino não seja um prodígio de votos, por ser o maior, o PMDB sem dúvidas ostenta a condição do mais legítimo e campeão de sufrágios.

    Assim como existem eleitores que não votam em candidatos, mas em siglas partidárias, que não votaram em Dilma, mas no PT, a toda certeza haverá aqueles que não votaram em Temer, mas no PMDB.

    É preciso destacar que a diferença percentual entre os resultados alcançados por Dilma e o segundo colocado, Aécio Neves, foi de apenas 3,28% e a diferença numérica, de 3,4 milhões.

    A conclusão, obviamente, é a de que a presença do PMDB na pessoa de Michel Temer na vitoriosa chapa na  eleição de 2014, foi essencial para o desfecho feliz, razão mais do que suficiente a legitimar sua condição atual de presidente interino ou, quem sabe, definitivo diante da incrível sucessão de “malfeitos” produzidos pelo governo afastado.

    No breve exercício da sua interinidade, alguns erros parecem ter ocorrido. Alguns nomes indicados para o ministério não corresponderam às expectativas por estarem sob investigação. Outros, todavia, são nomes que se apresentam notáveis, a exemplo de Raul Jungmann, José Serra, Henrique Meirelles, Alexandre de Moraes e Fabiano Augusto Martins Silveira.

    A redução do número de ministérios é outra sinalização alentadora.

    Para quem nos últimos 13 anos verificou a existência de ministérios integrados pelo que há de mais ordinário, inchados, inorgânicos e populistas, o atual inspira comportamento responsável e promissor.

    Criticaram o interino por voltar atrás ao restabelecer o Ministério da Cultura. Ora, o que corrige um erro, não erra. Acerta!

    Quanto ao sucesso do governo Temer, ninguém pode afirmar se “tê-lo-á“, embora ansiosamente aguardado por um país arrasado. 

    No entanto, uma coisa parece certa : o português erudito do presidente, que por mais em desuso possa estar, será muito, mas muito melhor do que ouvir as citações arrogantes e afetadas de “senhora presidentA” a todo momento, impondo uma sensação de martírio a grandes contingentes de indefesos cidadãos brasileiros.

    marcosbaccherini@yahoo.com.br




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