• Mensagem a uma jovem

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  • 10/07/2018 12:49

    A primeira crônica que li de Humberto de Campos, talvez em ´47, foi no livro “Destinos”(Carta à Sanny Wsaka), texto que muito me marcou e, pelo tempo, pouco lembrava e fui à cata do livro na estante. Foi oportuno poder reler autor tão esquecido que deveria ser revivido, em especial neste texto, com avaliações efetivas e bem ponderadas, como espírita que era.

    Vejo um tema atual, sem qualquer alusão, e olho essa juventude que tanto se ilude, desvirtuada da educação recebida e se julgando independente, seguindo mentes deturpadas que sentem prazer em corromper as pessoas de boa índole que se deixam seduzir pela liberdade dos grilhões sociais antiquados, quando trilham o caminho da vulgaridade decadente tão em evidência junto aos jovens.

    Eu sou o passado e eles o futuro; sou a lembrança e eles, a esperança – só o que não pode mudar é a postura e a dignidade, reflexos de ações determinadas pela nossa consciência, cujos valores são eternos e imutáveis e que refletem o salvo conduto para o futuro, se a vida lépido se esvai, ficando o mérito de sua leveza para purificar a postura de cada um – a verdadeira meta desta passagem – mesmo que se ignore e despreze tais princípios, como ignoram outros valores e, em contraposição, adoram Deus e Todos os Santos numa atitude sofismática, totalmente oca, vazia, sem alcançar tudo o que contraria seus desejos materiais e individuais.

    Cada um age como bem entende – é o livre arbítrio – mesmo que venha a se arrepender e retornar ao caminho inicial, quando a luz se apresenta e o raciocínio aprova. E visão e gosto não se discutem mas sempre deve prevalecer o bom senso e não seguir o modismo ou as más influências de terceiros que se apresentam como amigos o que, na realidade não são, mas simplesmente negativas mentes que precisam angariar adeptos aos seus princípios mesquinhos, mesmo contrário à lógica mas que se julgam os certos por não poderem alcançar o correto.

    A vida, essa passagem temporária e terrena, deve sim ser bem vivida e aproveitada mas da maneira mais significativa e digna possível, e não da maneira que a mídia divulga quando está atrás de lucros sem se preocupar com as consequências de sua propaganda maléfica. É a ganância material atrás do menino-deus – o dinheiro – que supera qualquer outro interesse do ser humano.

    Que cada um, ao optar pelo seu direito ao livre arbítrio, saiba que é caminho que nem Deus mexe mas que pode lançar Suas bênçãos iluminadas para que clareie as mentes. E você  que começa a vagar por esta vida, nunca abandone sua postura e sua dignidade, para evitar a decadência moral e não se vulgarize no meio dessa sociedade falida diante de tanta hipocrisia perniciosa. jrobertogullino@gmail.com

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