Menos recheio
A competição comercial e a competência humana são evidentes no mundo moderno. Qual o melhor arroz? Qual o melhor café? E o pão? Qual o critério que utilizamos nas escolhas? Qual o melhor prefeito? E assim vai.
Um ponto é a qualidade do produto, outro a quantidade. E se podemos ou não adquirir a qualidade. Azeite extravirgem batizado. Biscoito com menos recheio e peso reduzido. Acompanhei detalhadamente a involução de determinada marca de biscoitos. Impressionante a cara de pau. Cada ano vem diminuindo o peso, o recheio e até o tamanho.
Enganar a população não é exclusividade de algumas categorias. Vem se espalhando por vários setores. Combustíveis adulterados, sabor artificial com pinta de natural, espessura e peso dos hamburgers, achocolatado quase sem chocolate, ontem “conversei” com Jesus.
Se dedicarmos um tempo para verificar tudo que nos cerca, vamos enfrentar muitas surpresas e perceber a insuficiência dos controles oficiais. Validade.
Será que os medicamentos “similares” e os “genéricos” são rigorosamente idênticos aos “originais”? E aqueles biscoitos fedorentos, cheios de sal, com embalagens coloridas, com paladar falso, que enganam a barriga das crianças, será que alimentam?
Quem tem tempo e paciência para olhar aquelas letrinhas miúdas com as informações sobre os produtos? Até onde não prestar atenção pode prejudicar nossa saúde? O franguinho do quintal pode ser comparado ao outro impulsionado por hormônios e químicas?
-Que tal retornarmos, a medida do possível, aos produtos naturais, torcer por fiscalizações e informações mais eficazes e nossas vidas mais saudáveis.
Todo cuidado é necessário e surpreendente. Saber escolher. É hora de fazermos nossa parte, para nosso bem e de todos mais.