• Menina com paralisia cerebral continua sem atendimento por falta de transporte

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  • 23/08/2018 20:00

    Uma semana depois da Prefeitura garantir que Hillary da Conceição Romão, moradora da Comunidade do Neylor, voltaria a ter o transporte para realizar o acompanhamento médico na APAE, em Petrópolis, o serviço não foi realizado novamente. Ela é portadora da síndrome de West e de paralisia cerebral e depende do transporte para sair de casa.

    Nessa quarta-feira (22), a jovem ficou mais uma vez sem ter como se deslocar até a Associação, já que o carro que a busca apresentou problemas mais uma vez. “Na terça-feira, buscaram já com atraso e diante de um acidente, acabamos perdendo o tratamento, pois o horário havia extrapolado. Geralmente eles costumam me buscar às 8h30. Já na quarta-feira, quando ligou para falar sobre o transporte, alegaram que o carro está quebrado”, contou Silvia da Conceição, mãe da menina, informando que o atendente afirmou que não existe oficina para fazer a manutenção do carro.

    Silvia diz que tem medo de que a filha possa perder o atendimento prestado pela unidade, já que há quase um mês, a menina não comparece às consultas com fonoaudiólogo, fisioterapeuta e terapia ocupacional. “A gente não tem atestado que comprove a ausência. Se a Apae decide cortar? Eu posso perder a neurologista que custa 80 reais cada consulta, a fono, além das outras especialidades. Fica impossível de custear. Nós vivemos apenas com um salário que vem do auxílio-doença. Eu não posso arcar com essas despesas. Além disso, tem os medicamentos, fraldas, imagine só pagar as consultas particulares se a gente perder?”, questiona a mãe.

    O transporte utilizando o ônibus também vem sendo difícil, já que para renovar a carteirinha da paciente, é necessário o laudo médico que vem também do atendimento fornecido na APAE. “Eu preciso ser atendida pela neurologista para que possa resolver a questão da carteirinha, todas as vezes que eu preciso do atendimento, tenho que fazer contato, avisar que estamos prontas e ficar aguardando. Quando quebra nem avisam?”, diz Silvia.

    A Prefeitura confirmou que o veículo apresentou problemas mecânicos, o que impossibilitou a realização do serviço ontem. A Secretaria de Saúde fará um novo contato com a família hoje para alinhar o procedimento para os próximos dias.



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