Memorial em homenagem às vítimas do coronavírus é inaugurado no Parque do Carmo
No dia do aniversário de 467º da cidade, comemorado nesta segunda-feira, 25, foi inaugurado o primeiro memorial em homenagem às vítimas da covid-19. Instalado no Parque do Carmo na zona leste da cidade, espaço reúne árvores nativas da Mata Atlântica, ambiente dedicado para reflexão e escultura com cápsula do tempo.
O monumento, doado à Prefeitura de São Paulo, foi idealizado pelo Programa Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos (AVARC), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), e pelo Projeto Hígia Mente Saudável, também do MPSP, criado com a missão de apoiar cidadãos e profissionais que atuam na linha de frente do combate à covid-19.
A escultura de metal, que simboliza um ipê branco, conta com uma cápsula do tempo dentro de um globo terrestre, onde pessoas poderão deixar mensagens de condolência e contar suas experiências no enfrentamento ao novo coronavírus.
Segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), o memorial representa a resiliência e a solidariedade humana, convidando os frequentadores do parque para um momento de esperança. “Por isso, o ipê branco foi o símbolo eleito para representar esse momento vivenciado pela humanidade, dado seu caráter resiliente, contemplativo e medicinal”, disse em nota.
“A história daqueles que se foram estarão dentro da cápsula do tempo. O memorial também aceita o envio de depoimentos pessoais e histórias de dificuldades sofridas no dia a dia. Não podemos esquecer daqueles que estiveram conosco cuidando da limpeza pública e da nossa saúde para que hoje pudéssemos com esperança de cura pavimentar futuro melhor para futuras gerações”, disse a promotora Celeste Leite dos Santos, uma das idealizadoras do monumento, ao agradecer também Pedro Caribé, que concretizou a estrutura da obra, e o apoio do promotor de Justiça Silvio Antônio Marques.
Todas as mensagens recebidas serão codificadas e transformadas em cápsulas, que serão depositadas na base da obra. As cápsulas serão lacradas na base do monumento memorial pelo período de 100 anos, para que as futuras gerações tenham uma memória do que foi vivido nesta época.
“Esse aprendizado não pode ser esquecido. Precisamos que gerações futuras tenham acesso a toda essa história construída em cima de dor, para que não cometam mesmos erros que cometemos”, concluiu a promotora Celeste Leite dos Santos.
Além da escultura, a iniciativa também teve o plantio de árvores em homenagens às vítimas da covid-19.
“Em junho do ano passado, em reunião com o prefeito Bruno Covas, sentíamos a necessidade de prestar homenagem às famílias e aquelas pessoas que enfrentaram essa doença tão trágica que é a covid-19. Definimos por fazer memorial que sirva não somente para a cidade de São Paulo, mas para Estado e todo o mundo. Optamos ainda por fazer um plantio, porque árvore significa vida e escolhemos alguns parques para fazer o plantio de árvores com o número de vítimas do município de São Paulo”, disse Eduardo de Castro, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente.
Ainda conforme a pasta, desde o ano passado até o momento foram plantadas 3.338 mudas no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo e outras 3.303 no Parque do Carmo, totalizando 6.641 árvores de espécies nativas: araçá, ipê-branco, jequitibá-branco, aroeira-pimenteira, pitanga, goiaba, jabuticaba, paineira, cereja-do-rio-grande, uvaia e jatobá. Mas em razão do número maior de vítimas, novas mudas serão plantadas nos próximos dias. Todas elas são provenientes do Viveiro Harry Blossfeld.
SERVIÇO:
Memorial em homenagem às vítimas do coronavírus
Parque Municipal do Carmo
Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 951 – Itaquera – Portão 1
(11) 2748-0010