• Melhores amigos e parceiros de ataque, Messi e Suárez se enfrentarão no sábado

  • 06/05/2021 12:22
    Por Estadão

    Nenhum jogador de futebol no mundo ajudou Lionel Messi com mais frequência do que Luis Suárez. O uruguaio deu 47 assistências ao argentino nos seis anos que passaram juntos no Barcelona, onde mostrou uma química tão grande com o camisa 10 desde a primeira vez que entrou em campo. Messi, por sua vez, serviu Suárez em 39 oportunidades ao longo desses anos, com a dupla combinando um total de 478 gols durante o tempo que passaram juntos no clube catalão. Eles levantaram 13 troféus juntos, incluindo quatro títulos do Campeonato Espanhol e um da Liga dos Campeões da Europa.

    Dado todo esse passado glorioso, será impossível não pensar nesses números quando a dupla se enfrentar, desta vez como adversários, no duelo entre Barcelona e Atlético de Madrid, marcado para este sábado, no estádio Camp Nou, em Barcelona, pela 35.ª rodada. Além disso, as duas equipes estão muito próximas no topo da tabela de classificação, com apenas quatro jogos para o fim desta temporada. Então, o confronto será sem dúvida um dos jogos mais decisivos do ano, com enormes ramificações na corrida pelo título.

    Estes dois jogadores figuram no pódio dos maiores goleadores da história do Barcelona. Messi lidera com mais de 700 gols, 280 dos quais ele marcou durante a “era Suárez” no clube catalão, enquanto que o uruguaio é o terceiro em 198. Somente a lenda László Kubala os divide – o que mostra como a dupla sul-americana foi tremendamente produtiva, com números que não eram vistos há quase 70 anos e superando outros nomes ilustres como César Rodríguez, por exemplo.

    O relacionamento da dupla vai além do campo de jogo. Os dois eram vizinhos do bairro de Castelldefels, em Barcelona, e seus filhos estudavam na mesma escola. Era normal ver suas famílias desfrutando de momentos de lazer juntos, até mesmo em passeios à beira-mar quando o Barcelona não estava jogando. Foi Suárez quem levou Messi a beber mate com tanta frequência, com o argentino agora raramente se separado de seu frasco. Agora é o francês Antoine Griezmann quem partilha isso com o craque, depois de se transferir do Atlético de Madrid para o Barcelona em 2019, um ano antes de Suárez ter feito o caminho inverso.

    Foi em 24 de setembro de 2020 que a carreira de Suárez no Barcelona chegou ao fim, com o clube catalão aceitando a oferta de transferência para o Atlético de Madrid. Na capital espanhola, o centroavante continua mostrando que marcar gols está em seu sangue. E ele enfrentará o Barcelona neste fim de semana apenas alguns gols atrás de Messi na lista de artilheiros do Campeonato Espanhol.

    Messi manteve-se prolífico – como sempre – nesta temporada, mas não encontrou um aliado de ataque como Suárez desde a saída do uruguaio e pode nunca desenvolver uma parceria como a deles. Olhando para o passado, nem mesmo o brasileiro Daniel Alves (com 42 assistências) ou Andrés Iniesta (37) serviram mais o argentino do que Suárez (47).

    No primeiro turno, quando o Atlético de Madrid venceu por 1 a 0, no estádio Wanda Metropolitano, em Madri, Suárez não pode estar em campo por conta da covid-19. Agora, a dupla terá que colocar essa amizade no gelo, pelo menos por 90 minutos, enquanto se enfrentam como oponentes pela primeira vez desde que a realidade forçou sua separação.

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