• Médicos acusados de negligência na morte de Maradona começam a ser julgados na Argentina

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  • 11/mar 13:53
    Por Estadão

    Sete médicos responsáveis pelos cuidados de Diego Maradona em seus últimos dias de vida começaram a ser julgados em Buenos Aires nesta terça-feira. Os profissionais de saúde, acusados de negligência nos tratos do ex-jogador, responderão por “homicídio simples cometido mediante dolo eventual”. Caso condenados, os réus podem pegar de oito a 25 anos de prisão.

    O neurocirurgião Leopoldo Luciano Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Ángel Díaz, a coordenadora da equipe médica contratada Nancy Edith Forlini, o chefe da enfermagem Mariano Ariel Perroni, o médico clínico Pedro Pablo Di Spagna e os enfermeiros Ricardo Omar Almirón e Dahiana Gisela Madrid são os envolvidos. A pedido, Dahiana será julgada em uma data diferente dos demais.

    Além da acusação comum, outros dois médicos estão sendo julgados por mais crimes. Leopoldo Luciano Luque foi acusado também de uso de documento privado falsificado, enquanto Agustina Cosachov é acusada de falsidade ideológica.

    De acordo com a Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro, os profissionais acusados não cumpriram com suas funções médicas, ao mesmo tempo que tinham consciência de que os demais envolvidos faziam o mesmo, “causando o desfecho fatal do paciente que, de outra forma, poderia ter sido evitado”.

    O mesmo documento também indica que os médicos deixaram o paciente “desamparado e abandonado a própria sorte” e que “todos foram solidariamente responsáveis” pelo caso.

    A expectativa é de que o julgamento dure por meses, sendo encerrado próximo a julho. Cerca de 120 testemunhas serão ouvidas neste período, dentre familiares do falecido, outros médicos que cuidaram dele ao longo da vida e funcionários do ex-jogador.

    Em 25 de novembro de 2020, o antigo camisa 10 argentino faleceu em decorrência de um edema pulmonar, consequência de uma insuficiência cardíaca. Dias antes, Maradona havia operado um hematoma na cabeça e, por isso, estava passando por uma internação domiciliar.

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