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Nessa quarta-feira (12), o Podcast Tribuna, comandado pelo locutor Cláudio Florio, recebeu o médico geriatra Carlos Gazanego, que falou sobre a campanha “Fevereiro Roxo”, abordando especificamente a doença do Alzheimer.
A campanha foi criada em 2014, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce das doenças de Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia.
Apesar de serem distintas, essas doenças têm em comum o fato de não possuir cura, sendo de extrema importância a realização do diagnóstico correto para que o tratamento seja feito de forma eficaz e segura.
“É importante dizer que essas doenças não tem cura. Na verdade, elas têm uma longevidade, ou seja, vão acompanhar o indivíduo por toda sua vida. No entanto, é importante começarmos o mais rápido o tratamento especializado dessa doença, para que a pessoa possa ter mais qualidade de vida”, explica o geriatra.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que atinge sete entre dez indivíduos nessa situação em todo o mundo. Já aqui no Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O alzheimer é uma modalidade de distúrbio progressivo que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relações sociais. Com o passar do tempo ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda da memória.
O médico explica como a doença pode aparecer: “O Alzheimer é uma doença neurológica, que existe uma correlação com a parte hereditária. No entanto, temos também um grande envolvimento do estilo de vida de cada paciente. Pessoas que tem uma alimentação adequada, que praticam atividade física regularmente e que não tem um quadro de estresse oxidativo, conseguem ter um grande potencial de defesa contra a doença.”
Pesquisadores brasileiros e norte-americanos descobriram que o Alzheimer é mais comum em mulheres do que em homens.
“As mulheres acabam se cuidando mais que os homens, com mais acesso a rede de saúde e uma longevidade maior, o que acaba sendo um agravante, já que a idade é o maior fator de risco para a doença”, explica o doutor.
Importante destacar que, embora não exista cura para a doença de Alzheimer, existem tratamentos que podem ajudar a estabilizar a condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. As medicações podem ser uma opção eficaz para retardar a progressão da doença e melhorar os sintomas.
Além disso, é importante lembrar que o tratamento da doença de Alzheimer envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui não apenas medicações, mas também terapias cognitivas, fisioterapia, apoio emocional e cuidados de longo prazo.
A qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer e de seus familiares pode ser significativamente melhorada com o acesso a esses tratamentos e apoios. É fundamental que os pacientes e suas famílias tenham acesso a informações precisas e atualizadas sobre as opções de tratamento disponíveis.
Quem é Carlos Gazanego
Carlos Gazanego é especialista em Geriatria e Gerontologia. Com 18 anos de experiência como professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (Unifase), ele é reconhecido por sua expertise em síndrome demencial e outras condições relacionadas ao envelhecimento.
Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gazanego também é mestre em Ensino em Ciências da Saúde e especialista em Medicina de Família e Comunidade.
Ao longo de sua carreira, o médico publicou numerosos artigos científicos em congressos e revistas especializadas, tornando-se um dos principais autores em sua área de especialização.
O Podcast Tribuna é veiculado toda quarta-feira, a partir das 9h30, na Rádio Tribuna FM. Ouça em 88.5, pelo site tribuna.fm.br ou pelo app da Rádio Tribuna FM.
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