• Medalhista olímpico, Gustavo Leal dá uma pausa antes de decidir seu futuro

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  • 13/08/2021 14:46
    Por Roberto Márcio, especial para a Tribuna de Petrópolis

    Sábado completará uma semana da conquista do bicampeonato olímpico brasileiro no futebol masculino. No Japão, o Brasil venceu a Espanha por 2 a 1 e trouxe para o país a mais alta premiação inédita do esporte, fazendo a alegria de milhões de brasileiros. Para Petrópolis, em especial, o título na maior paixão popular dos brasileiros foi especial para Gustavo Leal, assistente técnico de André Jardine e se tornou o primeiro da Cidade Imperial a tal honraria.

    Gustavo Leal esteve na Tribuna FM nesta sexta-feira e falou um pouco sobre sua trajetória e seus projetos. Ele fez parte do projeto olímpico desevolvido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde seu início, há dois anos. Convidado pela entidade máxima do futebol nacional, o petropolitano acompanhou todo o processo de desenvolvimento do trabalho em amistosos desde então, opinando com André Jardine o perfil ideal do time que brigou pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. É verdade que precisou conviver com as situaçõs mais complicadas nessa caminhada até o lugar mais alto do pódio.

    Sem contar com todos os jogadores que gostaria, por diversos motivos que vão desde pedido de dispensa – Neymar alegou cansaço após a campanha mal sucedida do PSG  na Champions ou o veto do Flamengo a presença do atacante Pedro – até as atuações irregulares da equipe nos amistosos, a seleção brasileira chegou até a decisão com muita disposição. Passou pela Alemanha, a primeira adversária e teve dificuldades para chegar à decisão da modalidade. Mas no final, todo o esforço valeu a pena, pois o triunfo sobre os espanhóis, na prorrogação, deu ao Brasil a tão sonhada medalha.

    “Olha, tivemos uma caminhada bastante difícil até o ouro olímpico. Trabalhamos muito para que tudo isso acontecesse. A união de todos, comissão técnica e jogadores, a crença de que alcançaríamos o nosso objetivo ficou bem claro que o sucesso estava logo ali. Foi incrível”, disse Gustavo Leal, que contou detalhes sobre a sua ida para o Japão, isolamento vivido no país por conta das restrições impostas pelo protocolo sanitário e a confiança depositada nos atletas marcaram para sempre o maior momento profissional, vivido recentemente.

    “A ida para uma olimpíada é o maior sonho de qualquer profissional do esporte. Pude concretizar isso, com muito orgulho  e saber ajudar a seleção brasileira na conquista do ouro. A adaptação a viagem e os protocolos de segurança foram um pouco mais complicados. Antes de ir para o Japão, ficamos quatro dias na Sérvia para fazer um primeiro estágio de adaptação ao fuso, e lá não deixavam a gente sair do hotel, tinha segurança para todo o lado e tudo isso por conta da Covid. Mas quando tudo acabou, foi a maior festa, uma alegria difícil de descrever”, recordou Leal.

    Uma olimpíada que contou com recorde de petropolitanos

    Gustavo Leal retornou para Petrópolis na terça-feira e admitiu que o fuso horário é um adversário que aos poucos está sendo vencido. Isso, no entanto, não o impediu de dar sua primeira entrevista a mídia local na quintaa-feira passada, ao participar do “Momento do Esporte” – programa de rádio da Tribuna FM que acontece de segunda à sexta-feira, das 8h15 às 8h50. Além do bate papo, elogiou as novas instalações do estúdio novo da principal rádio petropolitana.

    Ao ser indagado no programa sobre seu futuro, o medalhista dourado afirmou que pretende agora descansar. Admitiu, porém, ter rexcebido sondagens e que, na semana que vem terá uma reunião na CBF que pode definir sua permaneência ou não na comissão técnica da seleção brasileira olímpica. A ideia da entidade é começar um novo ciclo olímpico pensando em 2024, quando os Jogos serão realizados em Paris, capital francesa.

    Na edição em que bateu o recorde no número de petropolitanos, Gustavo Leal foi apenas o único a trazer na bagagem uma medalha. O piloto de mountain bike, Henrique Avancini, ficou em 13º lugar – melhor classificação do país em uma olimpíada, enquanto que Gabriel Borges, ao lado de Marco Grael foi o 11º na Vela Classe 49s e, por fim, o ilustre morador da localidade de Vila Rica, Daniel Chaves, abandonou a maratona olímpica na 19 quilômetro de prova.   

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