• Mateus 13. 1-9, 18-23

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  • 29/06/2018 09:26

    Estamos diante de uma das parábolas mais conhecidas de Jesus Cristo. Certamente em algum momento da nossa vida de fé ouvimos essa história proferida por Jesus e aprendemos com ela. Talvez muitas pessoas podem pensar: Ah, não há mais nada que eu possa aprender dessa história de tanto que já ouvi. Contudo, sabemos que a palavra de Deus é sempre eficaz e como diz o texto de Isaías: Ela nunca volta vazia e sempre cumpre o seu propósito. A primeira imagem que fica em minha memória após uma leitura atenta dessa parábola é a de Jesus sentado e falando em cima de um barco para uma multidão de pé na beira da praia. Depois de algumas curas, milagres e ensinamentos uma multidão está sedenta das palavras de Jesus. Era necessário falar de forma simples para que aquela multidão entendesse e o uso das parábolas é pedagógico, ou seja, tem a intenção de tornar-se compreensível para aquelas pessoas. Hoje também existem multidões que ficam perambulando por muitas igrejas para ouvir a voz de Jesus, mas ouvem de tudo menos a viva voz do Evangelho. Daí vem uma interrogação: se a mensagem de Jesus é tão simples e ouvimos várias vezes uma parábola como a do semeador, por que é tão difícil seguir a Cristo e entender o propósito de Deus para a humanidade?

    O texto de Romanos talvez seja um caminho. “Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito.” (Rm 8.5) 

    Ao usar o exemplo do semeador, Jesus traz algo que era muito comum à maioria das pessoas. A vida naquela época de uma forma ou outra passava pela agricultura. Portanto, Jesus não fala algo estranho. Mas a intenção de Jesus não é falar de agricultura. Jesus quer falar do Reino de Deus, quer falar sobre como recebemos a sua mensagem, Jesus quer falar sobre o nosso coração, a nossa vida. O que significa ouvir a palavra e deixá-la que produza algo novo em nós? Quantas pessoas afirmam-se cristãs, ouvintes e praticantes da palavra, mas produzem frutos contrários aos do Espírito Santo. O desafio de Pentecostes à comunidade cristã, repito, é deixar que o Espírito santo a conduza, guie, ilumine com seus dons, transforme solos áridos em terras receptivas para o amor e ao ensino de Jesus.

    Jesus exerceu o seu ministério e por muitas vezes semeou em terras secas e cheias de espinhos. Nem todos os ouvidos estavam abertos e sensíveis ao Evangelho. A prova disso foi a cruel crucificação de Jesus. Contudo, Jesus não se deixou intimidar pelas dificuldades e tentações. Os discípulos após o evento de Pentecostes também foram corajosos. Hoje, muitas dificuldades e tentações nos assolam: desânimo, dúvidas, desencorajamento, exclusão, falta de amor, falta de justiça, falta de ética.

    Jesus convida-nos, com sua parábola, a confiar mais na graça de Deus, independente de nosso esforço ou capacidade. 

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703

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