• Mata-Mata: mesas de sinuca e totó compradas em “caráter de urgência” são retiradas da Comdep

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  • 12/01/2022 19:56
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    A expectativa poderia ser até proporcionar um momento de lazer e confraternização para os funcionários da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), mas a realidade passou bem longe disso. A compra de uma mesa de sinuca e totó, feita pelo governo interino, em julho do ano passado, ainda não tem explicação. Como antecipou a coluna Les Partisans, a mesa de sinuca foi retirada da companhia no dia 15 de dezembro. A Tribuna teve acesso aos documentos que comprovam a compra em ‘caráter de urgência’. 

    O documento datado em 27 de julho de 2021, solicita a compra em ‘caráter de urgência” no valor de R$ 11,7 mil de uma “mesa de bilhar profissional da marca Royal com filtro usada em perfeito estado de conservação” e também uma “mesa de totó profissional usada, também em perfeito estado de conservação”, no valor de R$ 2 mil. De acordo com o documento, as mesas seriam destinadas à área de recreação que estava sendo criada para os funcionários da companhia. 

    (Foto: Reprodução)

    A Tribuna questionou a Prefeitura sobre a aquisição das mesas, e se as mesmas continuam na companhia e qual o seu uso. Já neste ano, a Comdep informou que a mesa de sinuca foi recolhida no dia 15 de dezembro do ano passado, ainda no governo anterior. De acordo com a Comdep, a compra foi feita apenas por um ofício emitido pela gerência administrativa ainda na gestão interina, encaminhada pelo diretor administrativo ao diretor presidente da companhia e autorizada por ato de ofício.

    De acordo com a Prefeitura, não houve processo de compras, parecer jurídico, nem cotações com outras empresas para a aquisição dos bens. Com base nos documentos a que a Tribuna teve acesso, a reportagem entrou em contato com a empresa que vendeu os itens para a Comdep, a empresa Mundimaq Máquinas e Equipamentos para Escritório Ltda. 

    (Foto: Reprodução)

    Por telefone, o proprietário Antônio Valente, disse que a compra das mesas foi para uso recreativo dos funcionários, às quintas ou sextas-feiras, quando era preparado um caldo para um momento de confraternização. Ele disse ainda que as mesas foram devolvidas no fim do ano passado. 

    Na versão contada à Tribuna pelo proprietário, as mesas foram devolvidas porque gerou confusão. Valente disse que durante as brincadeiras os funcionários se desentendiam fazendo apostas e discussões sobre as partidas. Ele conta que o diretor presidente da companhia na época, decidiu desfazer a compra para cessar a confusão. E que a empresa aceitou de volta todos os itens. Segundo Valente, o valor também foi devolvido. 

    A Prefeitura não confirma essa versão, e também não informou se será aberta uma sindicância para apurar o fato. Em relação aos documentos, ainda não foram disponibilizados no Portal da Transparência. 

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