• Mártir da Bandidagem

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 10/03/2016 12:00


    Nosso querido Antonio Moser morrer pela execução de um grupo de bandidos, é semelhante a entregar a Mona Lisa para ratos roerem. Em uma estrada federal que deveria ser monitorada metro a metro pelo número absurdo e crescente de ocorrências violentas que estão acontecendo e que teve no fim-de-semana um tiroteio no primeiro quilometro, prevenção zero.

    Mas esse não era o fim de estrada que sonhávamos para o Moser. Seu dinamismo e competência vão fazer muita falta. Sua alegria ao visitar cada comunidade que ajudou a nascer. Sua satisfação por ter participado do Sínodo ao lado do Papa Francisco. Seu orgulho pelo renascimento da centenária Editora Vozes e pelo desenvolvimento do Terra Santa. Dezenas e dezenas de simultâneas atividades, sempre bem-sucedidas. Seu amor por Francisco e Clara de Assis.  Mas, teimoso, não viajava nem com motorista, nem com segurança. Afinal, não era nenhuma autoridade merecedora dessa mordomia. Arriscava a todo momento enfrentar um estado degradado pela bandidagem e pela ausência de quem deveria fazer um tratamento preventivo e curativo, principalmente em região de inúmeras ocorrências policiais. 

    Se às cinco da manhã, quando acordou, voltasse a dormir, como a maioria esmagadora das autoridades que deveriam estar cuidando da segurança, não seria morto pela emboscada de bandidos que circulam livremente em vários pontos do estado, sem serem molestados, nem esses infames ocupantes de motos que o abordaram. Outra vergonha são os constantes furtos que vêm sendo filmados no centro do Rio, cidade das Olimpíadas, que desmoralizam as autoridades que recebem para trabalhar e deixam que a bandidagem tome conta de quase tudo, prejudiquem muitos de bem e cheguem a determinar o fim de vida de muita gente séria e trabalhadora.

    Como diria nosso querido Moser, é hora de agir com prevenção e tratamento, e que não me peçam para detalhar o “tratamento” porque não sou dessa especialidade, só meu pai, delegado Dominguinhos, o foi e com perfeição.

    Enquanto a festa começou lá no céu pela chegada de tão querido amigo, ficamos nós por aqui com um vazio na alma e uma saudade danada.

    Últimas