• Marília Mendonça: homem que vazou fotos do corpo da cantora e de Gabriel Diniz é condenado

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 28/09/2023 13:36
    Por Sabrina Legramandi / Estadão

    O homem que vazou fotos das autópsias da cantora Marília Mendonça e do artista Gabriel Diniz, André Felipe de Souza Alves Pereira, foi condenado à prisão nesta quarta-feira, 27, por vilipêndio ao cadáver. Os casos aconteceram em abril. A notícia foi confirmada pelo Estadão, que teve acesso à sentença.

    A Justiça do Distrito Federal determinou que, ao todo, André enfrentará 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção. Ele cometeu outros crimes, como divulgação do nazismo, racismo de procedência nacional e xenofobia, uso de documento falso, atentado contra serviço de utilidade pública e incitação ao crime.

    Apenas pelo vazamento das fotos dos artistas, André foi condenado a 2 anos de detenção. Ele chegou a confessar os crimes após a prisão, que aconteceu no dia 17 de abril.

    Conforme a sentença, o homem usou um perfil falso no Twitter para divulgar links que levavam às imagens dos corpos de Marília e Gabriel. O laudo da perícia criminal no celular de André confirmou a confissão, já que o aparelho estava vinculado ao perfil responsável pelas publicações.

    Ao todo, ele utilizava dois perfis falsos na rede social para, além de divulgar as fotos, realizar postagens com armas de fogo em tom ameaçador e publicações racistas. “A natureza das fotografias expostas e os comentários realizados pelo réu através do seu perfil na então rede social Twitter demonstraram o inequívoco objetivo de humilhar e ultrajar os referidos mortos, cujas imagens invocaram grande apreço popular, circunstância que comprova o dolo inerente ao tipo penal”, considerou o juiz responsável pelo caso.

    Marília morreu em um acidente aéreo em 2021, enquanto Gabriel também foi vítima de um acidente de avião em 2019. À época do vazamento das imagens, a família da cantora lamentou o crime. Ruth, mãe da artista, se disse “chocada com tanta monstruosidade” e afirmou que a internet “não pode ser terra sem lei”.

    *Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

    Últimas