O Março Amarelo é reconhecido internacionalmente pelo cuidado e prevenção contra as doenças crônicas renais. Tanto nos seres humanos, quanto nos animais.
Apesar de atingir caninos e felinos, os gatos possuem maior propensão à patologia, grande causadora do fluxo destes animais ao veterinário, impactando 60% dos gatos idosos. Não há causas específicas para este mal, pois geralmente o peludo já nasce com o problema. Conforme o animal vai envelhecendo e perdendo as funções do órgão, é desenvolvida a complicação renal.
De acordo com a médica veterinária Priscila Mesiano, que atua em uma clínica de Petrópolis, essa é uma doença silenciosa. “Quando começam a aparecer os sinais clínicos, como aumento da ingestão de água e fazer xixi em maior quantidade, o órgão já apresenta perda funcional de mais de 70%, ou seja, quando surgem os sintomas, apenas aproximadamente 20% dos rins do animal estão funcionando, o que pode dificultar a reversão deste estágio avançado, levando o animal a óbito”, esclarece.
Por isso, ressalta-se a importância do acompanhamento veterinário periódico dos animais, para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível. Uma vez realizado o diagnóstico, é preciso diferenciar por meio de exames específicos se a doença é crônica ou aguda. “Independentemente do caso, o tratamento é semelhante, geralmente o animal passará por fluidoterapia intensa, o que quer dizer que ele precisa ir à clínica frequentemente para que seja feita a dosagem de ureia e creatinina dele, além também de adoção de ração específica para a doença”, explica a veterinária.