• Mão que ensina, palavra que transforma

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  • 06/10/2017 08:00

    Em todos os momentos de nossas vidas, sentimos que mãos carinhosas nos enaltecem o proceder, que mãos amigas e maternais nos afagam e nos confortam em instantes em que nossas reações são fugidias e a reclusão nos atrai, trazendo-nos a um mundo íntimo impermeável e indevassável.

    Em muitos instantes de nossas vidas, sentimos que palavras nos tocam, verbalizando aspirações de amor, de entendimento, como também, muitas vezes, nos fazendo recuar e enfocar uma realidade mais contundente que, por temores, faz com que nos fechemos e nos preservemos.

    Assim, as mãos, que constroem e auxiliam, também poderão machucar ou tocar, interesseiramente, distorcendo os toques e nos trazendo sob mágoas. Assim, as palavras, que somam e transformam, também acusam ou trazem fortes imposições. Ambas as demonstrações estão, naturalmente, em proporção à cultura e ao adiantamento das almas, que as executam.

    Mas, é bom lembrar que todas estas almas estão em constante aprendizado, como nós também, e cada exercício de toques e palavras nos colocará à prova, a testemunhos maiores de nossa fé, nosso carinho e compreensão.

    Todos estamos crescendo, aprendendo para melhor servir, e não será só por toques macios e palavras augustas que iremos galgar patamares mais elevados, e sim, “pelas mãos que nos ferem, pelas palavras que nos sacodem e pelas atitudes e gestos que nos clamam a uma realidade.” Portanto, nestes constantes adestramentos e pronunciamentos é que construiremos o edifício espiritual com o concreto da realidade, com o cimento da fé num idealismo maior, com os tijolos do crescimento perceptivo, e com a luz do discernimento na frescura da tinta clara.

    Em todos estes instantes, as almas são colocadas à prova pelo Pai, a testar suas intenções, sua fé e o propósito real da existência a que vieram ser manipuladas. O importante será sairmos, de cada exercício, mais lúcidos e conscientes, não lamentando os fatos, os atos ou as palavras, mas sim, o aprendizado que precisará ter trazido a todos uma percepção e compreensão maiores de si próprios e de todas as almas envolvidas.

    Que hoje as almas possam ter a nítida certeza de que se avaliaram, se conheceram e se adestraram, mas que tudo seja dito, tudo fique entendido, tudo seja trazido à luz das verdades, demonstrando que falhamos, muitas vezes, em percepções e no próprio entendimento uns com os outros por meras expressões verbais, mas que a união se reforce com ideais conjuntos, que as mãos se encontrem, possibilitando um caminhar junto, que a compreensão se estenda além de nossos próprios limites, para que o perdão, no entendimento das razões, seja real e autêntico.

    Abracemo-nos uns aos outros, como se na presença de Jesus estivéssemos, apenas entendendo que Deus nos coloca à prova e a exercício para ver se, realmente, somos cristãos caridosos, e se estamos dispostos a continuar uma obra em Seu nome, principalmente, executando-a dentro de nós mesmos, tornando-nos melhores e mais autênticos como filhos de Deus. Que a paz envolva a todos neste exercício a que nos propomos na reconstrução e dilatação do Evangelho do Cristo, e lembremo-nos de que cada pregador, cada semeador precisa trabalhar e agir, como se o próprio Mestre assim o estivesse fazendo. Se esperamos pelo Cristo em busca da nossa renovação, Ele também espera por nós, trabalhadores da última hora, portanto, Ele precisa de nós a realizar a tarefa Consoladora nesta esfera sofrida.

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