Manutenção na estação de tratamento da Werner pode ter gerado líquido colorido no Rio Piabanha

Na última sexta-feira, um leitor da Tribuna registrou uma cena, na Rua Bingen, em frente à Werner Fábrica de Tecidos, que chamou a atenção. Em uma das bocas de lobo estava sendo despejado um líquido colorido dentro do Rio Piabanha. Após a denúncia, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria de Meio Ambiente disseram que iriam realizar uma vistoria no local. Questionada pela Tribuna, a empresa Werner disse que de forma preliminar foi verificado que a manutenção em um equipamento na estação de tratamento pode ter ocasionado a coloração na água descartada no rio.

O vídeo foi gravado no fim da tarde na última sexta-feira (25). Segundo o leitor, ao passar pelo local logo chamou a atenção a coloração do líquido e a espuma que formava. “Um absurdo isso acontecer hoje em dia”, disse o leitor, indignado.

A presidente da Werner, Isadora Landau Remy, disse à Tribuna, por meio de nota, que a empresa tomou conhecimento nesta quarta-feira (30), sobre a denúncia e imediatamente se coloca a disposição para os esclarecimentos necessários. E afirma que “de forma preliminar verificou-se que em função da manutenção excepcional de um equipamento na estação de tratamento de efluentes teve um arrasto de lodo, que pode ter ocasionado a leve coloração da água”.

A empresa afirma que cumpre rigorosamente todas as normas e qualquer intercorrência é prontamente verificada. “Ainda, a água tratada é coletada semanalmente e levada para análise em um laboratório credenciado pelo INEA na cidade do Rio de Janeiro e os resultados estão sempre dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental. Diante do ocorrido, uma coleta extraordinária foi realizada e imediatamente levada para análise”, esclareceu.

De acordo com Isadora, os técnicos do INEA já estiveram na empresa e todos os esclarecimentos estão sendo prestados e os devidos relatórios de conformidade estão sendo disponibilizados. “A Werner ratifica o seu compromisso de transparência e responsabilidade ambiental, pilares fundamentais que regem os valores da empresa há 117 anos”, disse.

Questionados pela Tribuna, o INEA e a Secretaria de Meio Ambiente disseram que enviariam equipes para fazer vistoria no local.