Mais votado do Rio em 2024, Carlos Bolsonaro deve disputar Câmara Federal em 2026
Reeleito à Câmara Municipal do Rio de Janeiro como o mais bem votado nas eleições cariocas deste ano, com mais de 130 mil votos, Carlos Bolsonaro (PL) pode não completar os quatro anos no cargo. Segundo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador deve concorrer à Câmara Federal em 2026.
“O Carlos tem um trabalho nas redes sociais, alimenta a dele, colabora com a minha e sofre junto comigo. Esperava pelo menos 50 mil votos e ele teve quase três vezes esse número. Continuará o trabalho dele. Com toda certeza disputará algo em 2026 para federal. O Flávio deve ir para as eleições do Senado. Após o segundo turno, vamos começar a nos preparar para 2026”, comentou o ex-presidente, que está inelegível até 2030.
Segundo o “filho 02”, que vai para o seu sétimo mandato como vereador, o mérito de sua reeleição é de seu pai e que seu trabalho é “replicar” as ideias dele.
“Esse será o meu sétimo mandato, e continuo afirmando que todo o trabalho é devido ao trabalho do meu pai. A minha função é sempre replicar as suas ideias”
Carlos conquistou seu espaço na Câmara carioca pela primeira vez em 2000. Filiado ao então Partido Progressista Brasileiro (PPB, atual Progressistas), teve pouco mais de 16 mil votos e superou sua mãe, Rogéria Bolsonaro, na corrida eleitoral.
Viu seu desempenho nas urnas melhorar com o passar dos anos, chegando ao pico em 2016, quando conquistou 106.657 votos, que o fez se tornar o vereador mais bem votado do Rio na ocasião.
Porém, em 2020, apesar de se reeleger, viu seu eleitorado cair consideravelmente. Conquistou 71 mil votos, 33,4% a menos do que no pleito anterior, ficando atrás de Tarcísio Motta (PSOL) na lista dos mais votados.
Um ano antes, em 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou uma operação em seu gabinete para investigar um suposto esquema de repasse de salários por funcionários – a popular “rachadinha”.
Em outubro, o MP do Rio denunciou sete funcionários de seu gabinete e arquivou a investigação contra o parlamentar por falta de provas. A Justiça devolveu o caso ao Ministério Público, alegando “inconsistências” na denúncia e informando havia a necessidade de esclarecimento desses pontos.