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  • 18/09/2017 12:50

    Uma semana repleta de acontecimentos interessantes: o primeiro, o depoimento de Lula em mais um processo da Lava Jato, onde Lula foi o Lula de sempre, se autovitimando, se dizendo, como sempre, perseguido; mas a pérola maior, foi dizer que o companheiro Palloci é frio, calculista e dissimulado. Depois de 30 anos juntos e misturados, tendo sido seu homem de confiança,  agora é um mentiroso. Demorou muito para perceber. Não poderia deixar passar em branco outra constatação: após o depoimento, havia menos de dois mil militantes aguardando Lula no centro de Curitiba, um número dos menos expressivos em toda a trajetória do petista.

    Outro fato que não chamou a atenção do grande público e da mídia, foi que em sua última semana à frente da procuradoria Janot pediu o arquivamento do inquérito contra Sarney, Renan e Jucá. Uma patuscada das grandes e explico: primeiro, há cerca de 60 dias, pediu ao STF a prisão dos 3, em afronta à Constituição que diz no seu art. 53 § 2º – " Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável". Portanto, um erro jurídico grave de Janot que agora não vê mais motivos para processar o trio. Em sua passagem na PGR, Janot patrocinou vários equívocos e em alguns, precisou voltar atrás ou ser corrigido pelo STF. Trapalhadas estas que só vieram a favorecer Temer e fortalecê-lo. 

    Interessante também lembrar, a prisão dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Assim como no ditado popular que diz " o peixe morre pela boca", a dupla caipira do barulho está começando a pagar pelos crimes cometidos por vangloriar-se de um poder que eles pensavam que tinham para derrubar políticos e juízes. Dinheiro compra poder, mas o poder absorve dinheiro e se protege. 

    No Rio, o poderoso ex-governador Sérgio Cabral, cuja ficha, pelo visto, ainda não caiu, continua de dentro da prisão em Benfica, a dar ordens a seu grupo. Outro ex-Governador Antony Garotinho teve um pedido de prisão levado a efeito, cumpre uma domiciliar com tornozeleira, por conta de uma condenação de 9 anos que aguarda o julgamento de recurso, por conta de ameaças a testemunhas e a Juízes. O Rio parece que vive seu inferno astral: dois ex-governadores presos e o atual investigado.

    Em Petrópolis, o prefeito imergiu, pouco se vê de sua presença, sendo substituído em eventos por seu vice e/ou por seu dublê de escudeiro/presidente da Câmara. Nove meses se passaram e muito, mas muito pouca coisa se viu neste governo, que continua a afirmar que nada faz por estar preso a uma herança maldita (o que já tivemos oportunidade de dizer, não é a plena expressão da verdade). Ou seja, continua tudo como antes no quartel de Abrantes. 

    Vida que segue, vamos aguardar os acontecimentos da semana que vem.

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