Mais um ano que começa
E começa um novo ano, como sempre o brasileiro, otimista por natureza, pensa que tudo vai melhorar, como em um passe de mágica, mas passada a ressaca das festas, o amargo gosto da realidade está de volta. Teremos algum alívio em 2019? Para responder a isto, precisamos analisar os últimos oito anos.
Em 2011, o produto interno bruto (soma de todas as riquezas nacionais) teve um crescimento de 4%; em 2012 1,9%; em 2013 3%; em 2014 0,5%. Somados estes 4 anos, temos 9,4% de crescimento; porém, chegando em 2015, tivemos uma variação negativa de 3,5%, assim com em 2016, também 3,5% negativos. Isto significa dizer que nestes últimos 7 anos tivemos um crescimento de apenas 2,4%. Em 2017, o crescimento foi de apenas 1%, e de 2,2% nos primeiros 6 meses de 2018: os números totais ainda não estão fechados. Quando o total do PIB cresce 5,6% em oito anos, isto significa 0,7% ao ano entre 2011 e 2018, ou seja, uma estagnação total: uma crise econômica que podemos considerar a maior da história do Brasil.
O número de desempregados pulou de 6,9 milhões de pessoas em 2012, para 11,7 milhões, em 2018. A dívida bruta do governo aumentou de 51,3% do PIB (percentual de 2011) para 76,5% em 2018.
Com apenas estes poucos números preambulares, já nos deparamos com uma situação grave. Temos um alento: inflação baixa (4,5%), assim como uma taxa de juros de 6,5% o que nos afaga e nos dá um pouco de esperanças para este ano, que ora se inicia. A impressionante capacidade do lulopetismo de deteriorar as contas públicas, bem como sua herança, deverão ser enfrentadas, primeiramente, com a tão necessária reforma da Previdência. Em continuidade, outras reformas precisarão ser levadas a efeito: a tributária e fiscal. Sem esquecer da importância de serem levadas a efeito, concomitantemente, as privatizações.
Medidas de abertura econômica ao mundo, se implementadas, ajudarão a baixar a taxa de desemprego. Por oportuno, vale lembrar que o Brasil é a segunda economia mais fechada do mundo. O Brasil exporta somente 25% do seu PIB, pois falta eficiência. Portanto, urge uma abertura, bem como o fim dos excessos de protecionismos e subsídios. Sempre é válido lembrar que no Mundo, o Brasil é o País que mais tributa empresas (algo em torno de 34%).
É essencial para o País colocar ordem nesta desarrumação que começou com o governo Dilma. Isto feito, creio sim, que poderemos começar a respirar novos ares. Desejo a todos um 2019, mais leve e muito mais feliz.