
Mais de 4 mil petropolitanos foram atendidos em outros municípios neste ano
Um discurso histórico quando se fala da saúde em Petrópolis é o de que a nossa rede de atendimento seria “atrapalhada” pela vinda de pacientes de outros municípios, em especial das nossas vizinhas de Baixada Fluminense como Magé e Duque de Caxias, nas urgências e emergências. Em alguns casos, como o Pronto-Socorro do Alto da Serra, realmente esse fluxo é nítido e pressiona a rede. Mas também há o outro lado. Dados da Secretaria de Saúde mostram que 4,2 mil petropolitanos foram atendidos fora do domicílio de origem. Esses dados são referentes a consultas e exames, além de procedimentos como hemodiálise, instalação de próteses e órteses, além do trabalho de reabilitação.
Capital é responsável por 74% dos atendimentos em outras cidades
E quando a gente faz o recorde por município, a cidade do Rio foi, de longe, o local mais acessado pelos petropolitanos que precisaram de alguma assistência em outro município: foram 3,1 mil atendimentos nos oito primeiros meses do ano, o que representa 74% do total. Neste recorte, as outras cidades mais utilizadas por petropolitanos para tratamentos ou serviços em saúde foram Juiz de Fora (503), Niterói (243), Duque de Caxias (179) e Três Rios (100).
Consultas e exames totalizam o maior número de atendimentos
E, contando todos os atendimentos fora do município, a maioria foi relativa a consultas e exames (serviços nos quais a fila, dentro do município, tem crescido), um total de 3,7 mil. Em seguida, vieram 163 próteses, órteses, cadeiras de rodas e a reabilitação como um todo; 99 hemodiálises,; e 58 retiradas de medicamentos. A gente passa todos esses dados, mas vale fazer o reparo: o SUS, como o próprio nome diz, é o Sistema Único de Saúde e prevê justamente a complementariedade dos serviços, permitindo que o cidadão busque, em todo o território nacional, o atendimento desejado, prevendo também o reembolso para as cidades que acolhem esses pacientes. A grande luta em Brasília é para a atualização das tabelas do SUS, sempre historicamente defasadas. Mas essa integração é parte do jogo.

Professor se põe à prova
Ontem a gente falou aqui que o ex-prefeito Leandro Sampaio está se ouriçando com vistas às eleições de 2026. E quem também está se animando é outro Leandro: o Azevedo, ex-vereador que perdeu vaga no segundo turno (e, segundo as más línguas, a vitória) por 200 votos em 2020 e que teve bom desempenho quando tentou se lançar à Câmara Federal em 2022. Leandro Azevedo segue no Republicanos e deve tentar retornar ao Congresso Nacional.
Remando
O prefeito Hingo Hammes viaja hoje para Brasília. Hingo terá reunião com a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e irá defender a instalação do supercomputador de inteligência artificial, levando em mãos manifesto assinado ontem no LNCC. É parte do esforço das autoridades municipais para trazer o investimento para a cidade, que contou com uma reunião no próprio LNCC, ontem, e incluirá uma reunião na Câmara Municipal, na segunda-feira.
Demonstração de força
Aliás, a reunião de ontem no LNCC foi uma demonstração de força da sociedade civil organizada de Petrópolis. Estavam lá, além do prefeito Hingo Hammes, de secretários, autoridades e lideranças empresariais locais, os secretários de Meio Ambiente, Bernardo Rossi; e de Ciência e Tecnologia, Anderson Moraes, com transmissão registrada pelo YouTube. O recado mais forte, no entanto, foi dado pelo ex-CEO da GE Celma, Marcelo Soares, que foi no alvo. Não se trata só de “querer” instalar o supercomputador, mas da cidade cumprir todos os requisitos para a vinda do equipamento.
Inspirado
Legítimo integrante da “turma do fundão” da Câmara, Guel tava com a corda toda na audiência do quadrimestre da saúde. Sem ninguém ter perguntado, tascou que “muita gente séria tem problema de saúde, mas a segunda-feira é o dia mundial do atestado” para justificar o aumento na demanda das unidades da rede. Bem que ele podia repetir o discurso numa UPA lotada… Com certeza o povo ia receber bem a opinião do nobre parlamentar.
Sociedade Anônima da Penúria
Em meio à toda dificuldade gerada pela penúria financeira, um leitor tascou: “a Prefeitura tem que virar SAF!” No futebol pode até dar certo (e mesmo assim há casos e casos), mas será que tem investidor tão corajoso assim para pegar uma “empresa” com R$ 800 milhões em dívida? Imagina a dor de cabeça? Sei não…

Contagem
Estamos há 2 anos, 4 meses e 24 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.