Maira Cardi é condenada pela Justiça por xingar médico nutrólogo
A influenciadora digital e coach alimentar Maíra Cardi foi condenada na quinta-feira, 6, pela Justiça de Valinhos (região metropolitana de Campinas) a uma pena de nove meses de detenção por chamar o médico nutrólogo Bruno Cosme, que atua no Estado da Paraíba, de “doutor de merda”. O processo criminal tramita em segredo de justiça, contudo, a decisão final de primeira instância foi divulgada pela própria vítima nas suas redes sociais. A defesa da influenciadora diz que a pena de detenção foi substituída por uma multa.
O caso aconteceu em abril de 2021, quando a influenciadora fez uma live no seu perfil sobre fazer cinco dias de jejum como técnica de emagrecimento e conexão com a espiritualidade. O evento virtual teria contado com a participação de um nutricionista “mestre do jejum” e um pastor, para, como afirmou Maíra, “unir a ciência e Deus”.
O médico, por sua vez, também usou as suas redes sociais, mas para criticar a prática. Ele afirmou que a técnica era uma “irresponsabilidade” e disse aos seus seguidores para jamais fazer “qualquer tipo de jejum sem orientação”. Maíra não gostou do comentário de Cosme e gravou vários storys chamando o médico de “doutor de merda”. “Eu fiz uma live com profissional que estuda de verdade, e não igual você, que fica aí sentado querendo ganhar like e não estuda cacete nenhum… imagina o que você não faz na sua profissão de merda”, disse a coach alimentar.
Ela acusou o médico de ser mal informado sobre a técnica, porque ela própria já estava fazendo jejum de sete dias e “se pudesse, faria dez”. Por fim, ela afirmou que ia marcar o Instagram do profissional que a acompanha, para o “doutor Bruno de merda tomar umas aulas com ele”.
Além do processo criminal, a influenciadora também responde a uma ação de indenização perante a 14ª Vara Cível de João Pessoa. O médico pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.
COM A PALAVRA, MAÍRA CARDI
A reportagem entrou em contato com a advogada da coach de emagrecimento, Lidiane Leles Parreira Costa. Em nota, ela afirma que “após verificar a postagem do Dr. Bruno Cosme afirmando que a mesma [Maíra Cardi] foi condenada a uma pena de nove meses de detenção, é importante destacar que essa não é a verdade dos fatos, já tendo sido tomadas providências judiciais quanto à forma de divulgação dessa notícia distorcida e inverídica, uma vez que a condenação foi convertida em pena pecuniária, ou seja, ao pagamento de determinado valor. Cabe avaliar qual foi a intenção do médico em expor um uma informação distorcida e de um processo que corre em segredo de justiça e não poderia ser exposto dessa forma nas redes sociais. Destaca-se que o processo ainda não transitou em julgado e ainda cabe recurso, o que será feito uma vez que entendemos que as ofensas partiram do referido profissional. As demais questões serão tratadas em juízo uma vez que trata-se de processo que corre em segredo de justiça e não podemos trazer essa discussão à público sob pena de caracterização de crime”.