• Mãe: o verdadeiro significado de resiliência

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  • 08/05/2022 08:38
    Por Helen Salgado

    Batalhadoras, persistentes, amáveis, independentes, resilientes e bondosas. Esses são alguns adjetivos para homenagear essas mulheres tão importantes: as mães. Não importa a situação, elas sempre serão peças fundamentais para a nossa existência. Na dor, elas são o nosso alívio e na alegria, a nossa companhia. Com as tragédias em Petrópolis, tivemos diversas mães que foram protagonistas e que trouxeram esperança de dias melhores.

    Maria Aparecida é mãe do Vinícius de Morais e moradora do Alto da Serra. Mesmo em meio a tanta dificuldade, ela acolheu muitas pessoas em sua casa durante a tragédia e diz que o que a motivou foi o sentimento de mãe e de querer ajudar o próximo. Ela lembra que na tragédia, uma de suas maiores preocupações era também com o seu filho. “É um sentimento que não dá pra explicar. Quem é mãe sabe, se os filhos da gente estão bem, nós estamos melhores ainda”, afirma.

    Maria Aparecida e Vinícius
    Foto: Débora Monteiro

    Também moradora do Alto da Serra, dona Maria Edemar de Morais Alves, tem 80 anos, é mãe de dois filhos e abriu a porta de sua casa para abrigar as vítimas da tragédia de fevereiro. “Eu tô orgulhosa de ter feito isso. Graças a Deus, eu tive condições de abrigar. O que eu pude fazer, eu fiz”, diz. Com seus filhos e netos, dona Edemar afirma que eles têm importância máxima em sua vida e que estão sempre juntos.

    Dona Maria Edemar e seus dois filhos
    Foto: Débora Monteiro

    Hérica Bruckmann é mãe de dois filhos: Hugo e Gabriel. Ela conta que no dia 15 de fevereiro, o dia da tragédia, Hugo estava com ela, mas que Gabriel, não. Ela lembra o quanto foi angustiante não tê-lo por perto naquele momento de tanta tristeza. “Embora a casa tenha sido afetada, o terreno tenha sido totalmente destruído, a nossa moto tenha sido soterrada, nós estávamos bem. A única coisa que a gente precisa, com Deus acima de nós, é de nós mesmos para seguir porque nós juntos somos mais fortes”, conclui.

    (Família Bruckmann)

    A moradora da única casa que foi afetada pela tragédia em sua rua é mãe solo e fala, com orgulho, da importância dos seus filhos para ela. “O que eu tenho hoje, tudo que eu sou hoje, eu devo ao Hugo, que é meu amigo, meu braço direito, que sempre investiu nas minhas ideias. Não existe uma dissociação de Hérica e filhos”, afirma.

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