Lula: Infelizmente, muito do que construímos em 13 anos foi destruído
Aos apoiadores no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em um discurso emocionado, que políticas públicas promovidas durante os 13 anos de PT à frente do Executivo foram destruídas nos últimos anos e citou o “golpe” contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Infelizmente muito do que construímos em 13 anos foi destruído em menos da metade desse tempo. Primeiro pelo golpe contra a presidenta Dilma em 2016, na sequência temos 4 anos de um governo de destruição nacional cujo legado a história jamais perdoará”, disse, sem mencionar o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao destacar políticas do governo Bolsonaro, Lula citou as mortes pela covid e o crescimento da fome e da desigualdade. Ele afirmou que “o que povo brasileiro sofreu nos últimos anos foi construção de genocídio”. Em crítica à desigualdade vigente no País, o presidente disse que “direito à vida não pode ser refém da quantidade de dinheiro que se tem no banco”.
Lula agradeceu a atuação dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia e afirmou que a instituição foi fundamental para enfrentar “o vírus letal e governo irresponsável e desumano”. Ele também relembrou o programa Mais Médicos, marca dos governos petistas, ao defender os atendimentos de saúde nas periferias e pontos remotos do País.
Ataques extremistas
Com um discurso em prol da democracia e sem citar o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os apoiadores para reagirem, em paz e em ordem, aos ataques de extremistas que queiram sabotar e destruir o Estado Democrático de Direito.
“Na luta pelo bem do Brasil, usaremos as armas que nossos adversários mais temem: a verdade, que se sobrepôs à mentira; a esperança, que venceu o medo; e o amor, que derrotou o ódio. Viva o Brasil. E viva o povo brasileiro”, disse aos apoiadores do Palácio do Planalto.
Em tom pacificador, Lula convocou todos os brasileiros que desejam um Brasil justo, solidário e democrático para se juntarem em um mutirão contra a desigualdade. Ele afirmou que é tempo de união e reconstrução do País.
Ao final do discurso, o presidente fez sinal de coração aos presentes na Praça dos Três Poderes, que aguardavam desde cedo a chegada de Lula. Ao entrar no Palácio do Planalto, ele foi recebido ao som de “Olê, Olê, Olá, Lula, Lula”.