• Lula diz que seu governo está combatendo o crime organizado, que ‘chegou à Faria Lima’

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 09/set 20:12
    Por Gabriel de Sousa (Broadcast) e Elizabeth Lopes / Estadão

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal está combatendo o crime organizado, que “chegou à Faria Lima” – em referência à Operação Carbono Oculto.

    “O crime organizado, hoje, está em tudo quanto é lugar. Está no futebol, na justiça, na política, está em todas as instituições. Fizemos uma operação, que foi a maior da história do Brasil feita contra o narcotráfico, e nós fomos chegar aonde? Na Faria Lima, nós fomos chegar nas fintechs, nessas empresas de jogos”, disse Lula à Rede Amazônica, afiliada da TV Globo. A entrevista foi feita na tarde desta segunda-feira, 8, mas veiculada na manhã desta terça-feira, 9.

    Nesta terça, Lula desembarcou em Manaus para a inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).

    Operação Carbono Oculto

    A Operação Carbono Oculto, deflagrada em 28 de agosto, foi a maior realizada até hoje para combater a infiltração do crime organizado na economia formal do País.

    Segundo as investigações, o grupo dominava a cadeia produtiva no setor de combustíveis, inclusive promovendo adulteração de produtos vendidos ao consumidor, e utilizava dinheiro ilícito obtido com a prática de crimes para comprar empresas já existentes. Parte dessa cadeia foi capturada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que usou a estrutura para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

    A atuação começava na importação, passando por produção e distribuição e terminava na venda do produto ao consumidor final nos postos – os combustíveis eram adulterados com a adição de um produto químico chamado metanol.

    Os criminosos também utilizaram fintechs – empresas que oferecem serviços financeiros – para introduzir dinheiro oriundo dos crimes no sistema financeiro e aplicá-los em fundos de investimento, comprando mais empresas, imóveis e bens de luxo. O objetivo era blindar o patrimônio dos bandidos contra possíveis investigações.

    Últimas