Lula diz que governo fará um ato no dia 18 em São Paulo sobre o programa Acredita
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, nesta sexta-feira, 11, que o governo fará um ato, no dia 18 de outubro, em São Paulo, sobre o programa Acredita, que ele chamou de “maior programa de financiamento de crédito para o povo brasileiro”.
Não ficou claro na fala do presidente se esse ato deve ter algum teor de apoio ao candidato a prefeito da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), aliado do presidente da República.
A declaração se deu em entrevista do presidente à rádio O Povo/CBN de Fortaleza. Mais cedo, durante a entrevista, Lula elogiou Boulos e disse que ele “pode ganhar as eleições” por ser uma “figura muito preparada”.
Lula defendeu o programa Acredita e disse que, apesar de não ser economista, tem uma tese sobre a economia de que o dinheiro precisa circular para levar ao desenvolvimento econômico do País. Segundo o presidente, “dinheiro em caixa não vale muita coisa”.
“Tenho uma tese que é simples: o dinheiro tem que circular, tem que passar na mão de todo mundo. Se tem muito dinheiro na mão de poucos, significa pobreza e miséria. Se tem pouco dinheiro na mão de muitos, significa distribuição. Na medida em que todos ganham pouco, todos consomem um pouco, geram emprego, salário, geram desenvolvimento na economia”, declarou Lula.
O presidente disse, ainda, que o programa terá uma espécie de garantia para que estrangeiros invistam no Brasil sem o risco da desvalorização cambial e financiamento imobiliário para as classes mais ricas da sociedade.
“Inclusive estamos criando um hedge cambial para dar garantia aos estrangeiros que queiram investir no Brasil não perderem com a desvalorização cambial. Estamos criando um mercado secundário para habitação. Vamos financiar casa para você que ganha mais de R$ 3 mil, R$ 4 mil. Não é casa só para o pobre. Tem gente que ganha R$ 10 mil que quer comprar uma casa e não quer uma casa de 47m², quer uma casa de 200m², 150m². Vamos ter que financiar essa gente”, declarou Lula.