• Lula diz que Bolsonaro ‘usa’ religião e evoca eleitor a desmentir fake news

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  • 04/09/2022 14:34
    Por Giordanna Neves / Estadão

    Em aceno ao segmento evangélico, no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ampla vantagem segundo as pesquisas eleitorais, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso dizendo que Bolsonaro é “mentiroso” e usa “o nome de Jesus em vão para tentar enganar a boa-fé dos homens e mulheres”. O petista evocou apoiadores a agir contra “a fábrica de mentiras” que atuou em 2018, quando Fernando Haddad (PT) disputou o Planalto.

    “A maior mentira que (Bolsonaro) conta por dia é evocar Deus toda hora. Ele está mentindo. Ele usa o nome de Jesus em vão para tentar enganar a boa-fé dos homens e mulheres”, criticou Lula neste domingo (4) durante encontro com trabalhadoras domésticas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande SP.

    “Nós queremos restabelecer uma outra relação com a sociedade. Estado não tem religião. Estado não pode ter religião. Estado precisa tratar todas as religiões com respeito”, defendeu. Lula voltou a relembrar que em 2003, durante sua gestão, foi criada a lei de Liberdade Religiosa e em 2009 a Marcha por Jesus. Disse também que durante o governo Dilma Rousseff (PT) foi sancionada a Lei do Evangelho.

    Diante da disseminação de fake News sobre a relação entre governos do PT e evangélicos, Lula pediu ajuda de apoiadores para desmentir notícias falsas nas redes sociais. “Precisa ficar atento a essa quantidade de mentiras que é contada todo santo dia. Vocês precisam aproveitar o zap de vocês para não deixar que a mentira corra”, disse. Segundo o ex-presidente, “a mentira voa e a verdade engatinha”.

    Lula endossou esse movimento para evitar “que a fábrica de mentiras faça o que fez quando Haddad foi candidato em 2018”. Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o temor é que a campanha bolsonarista reforce a alegação de que o petista, se eleito, fecharia igrejas. A agenda é vista como uma reedição da discussão do “kit gay” da corrida eleitoral de 2018.

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