• Lollapalooza 2024: O que esperar dos principais shows do festival?

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  • 22/mar 12:25
    Por Sabrina Legramandi, Julia Queiroz e Danilo Casaletti / Estadão

    O festival Lollapalooza chega ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a partir desta sexta, 22. O evento se estende para o final de semana, com shows também marcados para o sábado, 23, e o domingo, 24. Ainda há ingressos disponíveis. Veja as categorias aqui.

    Em meio a cancelamentos, o festival ainda traz bons nomes na programação. Dentre as atrações, está o punk de Blink-182, o rock nacional dos Titãs e o R&B de SZA. O Estadão elencou os principais shows do festival e o que esperar de cada um deles. Veja abaixo.

    SEXTA-FEIRA

    Luísa Sonza

    Luísa Sonza se apresenta no Lollapalooza pela primeira vez na tarde de sexta-feira. A cantora tem divulgado o show como parte da turnê Escândalo Íntimo, de seu disco mais recente. A apresentação deve ser semelhante à que ela fez no The Town, em 2023, com as principais músicas do álbum e sucessos mais antigos, como Modo Turbo e Sentadona. As novidades devem ser Musa do Verão (parceria com o DJ americano Marshmello) e a versão em inglês de Chico, lançada recentemente pela artista.

    Marcelo D2

    O cantor e compositor carioca levará para o palco do Lolla o show baseado no álbum Iboru – Que Sejam Ouvidas Nossas Súplicas, que ele lançou em 2023. No trabalho, D2 se propõe apresentar um novo samba tradicional. No seu conceito, é a batida do gênero acrescida dos graves do rap e do hip hop, por onde ele sempre circulou muito à vontade. D2 também se diz aberto para mostrar ao público outras novidades, que devem passar por clássicos do samba e de seu repertório solo e do Planet Hemp.

    The Offspring

    O Offspring se apresenta no “dia punk” do festival, que possui Blink-182 como headliner. No Lollapalooza Chile e Argentina, a banda apostou em um setlist nostálgico, que agradou com os maiores sucessos e músicas queridas dos fãs. Este ano, o grupo comemora 30 anos do álbum Smash, que os levou à fama. Como um típico show de punk, o público costuma formar rodas de mosh nas apresentações da banda.

    Arcade Fire

    Uma década. Esse foi o tempo que a banda canadense ficou longe do Lolla Brasil. A grupo deve seguir a fórmula de passear pelo seu repertório, com segurança, e privilegiar o álbum We, de 2022. A frustração pode ficar por conta da banda não apresentar por aqui o já anunciado show que celebrará os 20 anos de celebração do álbum Funeral.

    Há ainda outra questão extra palco, mas não menos séria: em 2022, o vocalista Win Butler foi acusado de crimes sexuais. Ele negou as acusações, mas o assunto é delicado e, claro, fica a curiosidade sobre como será o show e como a plateia reagirá.

    Blink-182

    O Blink-182 encerra o primeiro dia de Lollapalooza com a missão de agradar seus fãs após o cancelamento de última hora do show que faria no festival em 2023. Se apresentando pela primeira vez no Brasil, o grupo de pop punk vem ao País com sua formação mais clássica – o vocalista e baixista Mark Hoppus, o baterista Travis Barker e o guitarrista e vocalista Tom DeLonge.

    O trio deve mostrar uma setlist majoritariamente nostálgica, com hits que fizeram sucesso no início dos anos 2000, como All the Small Things e I Miss You. Nas versões chilena e argentina do festival, o grupo também incluiu músicas do disco One More Time…, de 2023.

    SÁBADO

    Hozier

    O irlandês é dono do sucesso Take Me To Church, mas sua apresentação no Lollapalooza deve ir bem além disso. Recentemente, ele lançou um álbum, Unreal Unearth, que deve estar tão presente no setlist quanto seu álbum de estreia, Hozier. O artista é conhecido por misturar referências à literatura, política e acontecimentos pessoais – o show deve ser marcado por esses três elementos.

    É a primeira vez que o músico se apresenta no Brasil em mais de dez anos de carreira. Acostumado a fazer shows intimistas com um público contido, a maior curiosidade será como o cantor irá se sair com o público brasileiro, que tem fama de ser caloroso.

    Thirty Seconds To Mars

    O duo Thirty Seconds To Mars, composto pelos irmãos Jared Leto e Shannon Leto, não é estranho nem a terras brasileiras e nem a festivais. Esteve no Rock in Rio 2017 e o show no Lollapalooza 2024 marca a sétima passagem da banda pelo País. Nas apresentações em outros países da América Latina, o grupo apresentou um setlist mais compacto, de apenas nove músicas. Apesar do show curto, a expectativa é que os irmãos consigam conquistar o público com a energia e carisma que costumam levar às suas apresentações.

    Kings of Leon

    A apresentação do Kings of Leon foi, mais uma vez, confirmada após o anúncio do line-up do Lollapalooza. Em 2019, o grupo foi anunciado como atração do festival em dezembro. À época, a grade já estava fechada. Este ano, eles chegam como alternativa ao Paramore, que cancelou a apresentação em janeiro.

    O foco do show deve ser os primeiros álbuns da carreira dos artistas – em especial Only by the Night, de 2008. Eles têm fama de realizar apresentações contidas e focar em uma verdadeira “maratona” de músicas. Em uma de suas últimas apresentações, no México, o grupo tocou quase 20 faixas.

    Titãs Encontro

    O grupo, que nessa turnê volta para sua formação clássica – Arnaldo Antunes, Nando Reis, Branco Mello, Sérgio Britto, Tony Bellotto, Charles Gavin e Paulo Miklos – afirma que essa será a última apresentação desse reencontro que começou em junho de 2023 e que se estendeu diante do apelo dos fãs e dos estádios lotados por onde eles passaram. Só por isso o show do grupo no Lolla será histórico. Resta saber se uma plateia tão eclética – característica dos grandes festivais – vai reconhecer o valor de clássicos como Bichos, Sonífera Ilha e Comida.

    DOMINGO

    Gilberto Gil

    Gil, aos 81 anos, tem rodado o País e o mundo com a turnê Aquele Abraço Tour. Em tom de celebração, o cantor e compositor mostra músicas como Drão, Andar Com Fé, Esotérico, Pessoa Nefasta, Tempo Rei e Palco. O clima de sua apresentação no Lolla deve seguir nessa linha.

    Ao seu lado no palco, o que reforça sua conexão com o público mais jovem, filhos e netos, entre eles, José Gil, Francisco Gil e João Gil ou, os Gilsons, que costumam dar uma palhinha no show, e Flor Gil, que toca e faz vocais. Um show que será no fim de tarde de domingo. Tem tudo para encantar.

    Sam Smith

    Sam Smith, artista de sucessos como Stay With Me e Unholy, retorna ao Brasil para mais um festival, depois de se apresentar no Rock in Rio 2015 e no Lollapalooza 2019. Além das baladas melancólicas que consagraram Smith, o show deve ser mais completo e dançante, com músicas dos discos Love Goes, de 2020, e Gloria, de 2023, que marcam um momento mais fluído e expressivo de sua carreira.

    SZA

    Uma das maiores artistas da atualidade e uma das atrações mais esperadas do festival, SZA sobe ao palco do Lollapalooza para apresentar, principalmente, seu último álbum de estúdio, SOS. Ela é dona do super hit Kill Bill, mas possui outras excelentes faixas, como Snooze e Good Days.

    A cantora de R&B, em seus shows recentes, escolheu basear o conceito da apresentação na temática do oceano – na capa de SOS, ela aparece sentada em um trampolim contemplando a imensidão das águas. Outras músicas que marcam e marcaram a carreira da artista, porém, também devem estar no setlist, como The Weekend, do álbum Ctrl, e seu último single, Saturn.

    Greta Van Fleet

    A banda americana de hard rock volta ao festival depois da apresentação de 2019, quando ainda era um tanto quanto desconhecida por aqui. Convocados para substituir a cantora Dove Cameron, que alegou motivos pessoais para não vir ao Lolla Brasil, o grupo vai apresentar seus grandes hits de carreira e um punhado de músicas do álbum, Starcatcher, de 2023. A previsão é de um show sem grandes surpresas, mas na medida para agradar aos fãs.

    Uma curiosidade que talvez possa render – ou não – algo no show: o guitarrista Jake Kiszka se declarou fã de Chimbinha, o músico brasileiro que, embora seja ex-Calypso, tem inequívoca parte do já clássico ‘Eu vou tomar um tacacá/dançar, curtir, ficar de boa’, bem como na guitarrada, gênero nascido em Belém do Pará.

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