• Lojas deixam de recolher lâmpadas queimadas

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  • 20/10/2018 10:19

    Mais de cinco mil lâmpadas queimadas tomam conta de parte do estoque da Raio Luz, uma das mais tradicionais lojas da cidade. As lâmpadas usadas, entre elas as fluorescentes, eram deixadas por clientes e também não clientes para serem recicladas. Mas o comércio deixou de recebê-las porque a Comdep parou de recolher o material para a reciclagem, há um ano e 10 meses. Não há mais espaço na loja para armazenar o material.

    A artista Mariana Vidal, de 65 anos, esteve esta semana na Aladim, na Rua do Imperador, para deixar uma lâmpada usada. Preocupada com as questões ambientais, Mariana tem conhecimento do procedimento de descarte deste tipo de lixo: deixar em uma das lojas que vendem o produto, já que as empresas são obrigadas, por Lei, a ajudar a recolher o material e dar a destinação correta. “Fui informada que não estão mais recebendo as lâmpadas porque a prefeitura deixou de recolher”, disse. 

    Segundo o dono da Raio Luz, Marcelo Mello, a sua loja foi a última a continuar recebendo as lâmpadas usadas. “A Comdep fazia o recolhimento do material, mas desde o início de 2017, esta coleta parou de ser feita”, contou. “Não tenho mais onde colocar lâmpadas”, acrescentou, ao mostrar parte do estoque da loja tomada pelos produtos descartados. 

    Segundo a Lei Municipal 6.628, “as empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras ou revendedoras de pilhas, baterias e lâmpadas, com sede no Município, na forma especificada no parágrafo único deste artigo, responsáveis por dar destinação ambientalmente correta e dentro das normas e tecnologias atuais, a esses produtos e equipamentos, mediante procedimentos de coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final, após seu esgotamento enérgico ou vida útil e a respectiva entrega pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada”. No parágrafo 3º, o Município poderá celebrar convênios com órgãos da administração federal, estadual, instituições de ensino, com iniciativa privada ou cooperativas, objetivando a viabilização da Lei. Ou seja, cabe ao município dar o suporte às lojas que comercializam o produto na destinação para a reciclagem. 

    Por meio da assessoria de imprensa, a Comdep disse que vai averiguar o que ocorreu no caso de dona Mariana, e ressaltou que é possível fazer o descarte levando as lâmpadas para o ecoponto da Mosela. A Comdep não indicou nenhum ponto de recolhimento dos produtos no Centro. Ainda segundo a assessoria, as lojas que recolhem lâmpadas também podem entrar em contato com a companhia e solicitar o recolhimento dos materiais. “Cabe ressaltar que esses procedimentos não valem para lâmpadas fluorescentes, já que de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é obrigação das fabricantes e de revendedores implantar sistemas de logísticas reversas para receber esse tipo de produto após o uso do consumidor”, disse a nota.

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