Lixo: prefeitura ‘fabricou’ crise desnecessária
A gente tem acompanhado diariamente a crise do lixo na cidade refletindo o porquê disso tudo. É uma crise, administrativa, desnecessária. Primeiro, a prefeitura quis assumir a coleta como era antes, inclusive, ao estilo Comlurb. Mas resolveu licitar caminhões de aluguel às vésperas do contrato do modelo atual, terceirizado, acabar. O consórcio LimpSerra, o atual concessionário formado por Força Ambiental e PDCA, denunciou à Justiça e ao Tribunal de Contas do Estado, não apenas o curto prazo para a licitação de aluguel das máquinas, mas irregularidades como falta de licenças ambientais pela Comdep que iria gerir o sistema.
TCE marca em cima
A prefeitura alega que o LimpSerra declinou de uma renovação, coisa que o consórcio nega e acabou fazendo um emergencial de aluguel de máquinas, justamente o que a empresa terceirizada denunciou como sendo uma ‘fabricação’ de emergencial. E agora há uma briga na esfera do TCE e na justiça cível. O TCE determinou que a prefeitura não faça emergencial e se estiver fazendo que suspenda. Porém, a gestão municipal já tinha contratado o aluguel dos caminhões de coleta por R$ 17 milhões por seis meses. E o TCE, em decisão do conselheiro Márcio Pacheco, deu prazo de 48 horas, que termina hoje, para a prefeitura se explicar. E ainda notificou o Ministério Público estadual. O negócio a cada dia fica mais enrolado.
Defesa de peso
E o consórcio LimpSerra não está para brincadeiras. O advogado deles nesta causa é Rodrigo Fux, filho de Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, especializado em litígios de alta complexidade. O contrato com o LimpSerra é de R$ 44,3 milhões, mas se bobear nem é mais pelo dinheiro que eles brigam, não.
Contrato renovado
Agora, ainda não foi dito que no dia 18 de julho a prefeitura renovou, por mais 12 meses, o contrato com a PDCA, uma das empresas que integra o consórcio LimpSerra. É a PDCA que opera o transbordo de lixo e transporta os detritos dali, da BR-040, para o aterro sanitário de Três Rios. O contrato é por demanda transportada, mas seria algo em torno de R$ 3,3 milhões anuais, de acordo com os últimos efetuados.
A gente avisou
Não precisava nem ter deixado uma semana de testes. Na primeira meia hora já dava para perceber a péssima ideia. Eis que a prefeitura retornou ontem com a mão normal das ruas Alfredo Pachá e Padre Siqueira que estavam operando com sentido invertido causando não apenas um, mas dois pontos de retenção desnecessários.
Não fui eu!
E nossos vereadores estão fazendo isso para se explicar sobre o reajuste dos ônibus – vai para R$ 5,30 no domingo. Entoam a antiga cantilena de que ‘o aumento não passa pela Câmara”. Ora, pois. Mas todo ano tem e sempre no mesmo período. Poderiam ter metido o bedelho e impedido.
Contagem
E Petrópolis está há 80 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Campanha do agasalho
O 26° Batalhão da Polícia Militar em Petrópolis iniciou campanha para receber agasalhos que serão doados a pessoas assistidas pelo Núcleo de Integração Social. As doações podem ser feitas até o dia 05, na cabine da PM da 16 de Março com a Irmãos D’Angelo. O que mais se está precisando são roupas masculinas para adultos.
E o atendimento?
Dia 05 completa três meses que uma leitora da coluna solicitou no posto de saúde do Itamarati que cadastrassem sua irmã com comorbidades (não se locomove e tem síndrome de Down) para tomar as vacinas de covid e influenza em casa. O caso dela é de prioridade, mas mesmo assim até agora, nada.
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