• Linhas de pipa com material cortante preocupam moradores da cidade

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  • 18/abr 08:30
    Por Wellington Daniel

    Mesmo sendo proibido por leis municipal e estadual, o uso de materiais cortantes, como cerol e linha chilena, ainda é motivo de preocupação para os moradores de Petrópolis. O problema tem causado falhas no abastecimento de energia e, até mesmo, colocado em risco a vida de motociclistas.

    No último fim de semana, um motociclista que passava pela Rua Quissamã levou um susto. A linha causou um corte em seu pescoço e, por pouco, não terminou em tragédia. “Uma linha agarrou no pescoço dele e chegou até a cortar. Não foi mais profundo porque ele freou imediatamente e um homem, que estava passando na rua, o ajudou”, relatou a esposa da vítima, apontando que o problema é constante na região.

    A Enel também alertou para o impacto das linhas no serviço de energia elétrica. De acordo com a empresa, em 2023, foram mais de 39,5 mil clientes impactados pelo problema na Região Serrana. Além do risco de rompimento de cabos, as linhas podem provocar desgaste na fiação, o que causa risco de curtos-circuitos e choque.

    O perigo é real em todo o Estado. Em 2023, um motociclista morreu na Linha Amarela, na capital fluminense, após contato com a linha.

    A população de Petrópolis pode denunciar locais de fabricação, comercialização e utilização de cerol e linha chilena, além de outros crimes contra o meio ambiente ao Linha Verde, do Disque Denúncia, através do telefone (21) 2253-1177 e 0300 253 1177 – ambos com WhatsApp anonimizado – técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa, ou então pelo App “Disque Denúncia RJ”. Neste ano, já foram 93 chamadas em todo o estado.

    É possível denunciar ainda pelo site do Disque Denúncia ou ainda pela FanPage do Linha Verde no Facebook.

    O que dizem os órgãos de segurança

    A Polícia Civil informou que realiza ações para prevenir o uso e comercialização de linhas chilenas em diversas regiões do estado. A instituição ressaltou a importância da população registrar ocorrências, nas delegacias ou no Disque-Denúncia.

    A Polícia Militar também ressaltou as formas de denúncia e acrescentou que, em casos urgentes, a população pode acionar o 190. A corporação informou que as unidades realizam ações para prevenir e combater a utilização das linhas, apreendendo o material e conduzindo os envolvidos às delegacias.

    A Divisão de Fiscalização de Posturas da Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSSOP) disse que realiza, quando estabelecimentos são denunciados, vistorias para identificação das irregularidades e posterior aplicação de punições.

    A pasta ressalta que a Fiscalização de Posturas também recebe denúncias do tipo, através dos telefones: 2246-9042 e 2246-9043.

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