• Linha com cerol fere motociclista no Quissamã

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 11/07/2017 13:53

    As férias escolares estão no início e o que deveria ser apenas diversão entre crianças e adolescentes, se tornou um pesadelo para o cinegrafista Jean Moreira Haubrich, de 28 anos. Na última sexta-feira (07), por volta das 15 horas, ele descia a Rua Quissamã quando foi atingido por uma linha de pipa com cerol. Por pouco uma tragédia não acontece. Por estar devagar o rapaz conseguiu tirar a linha do pescoço, que chegou a sofrer uma espécie de queimadura, e amortecer parte do impacto da linha na mão esquerda. Foram necessários cinco pontos no corte, que deixou o profissional que trabalha com as mãos, sem o movimento de um dos dedos.  

    Jean conta que devido à quantidade de sangue e por de imediato ter perdido o movimento do dedão da mão esquerda, e ter ficado com o membro formigando, se dirigiu de imediato para a UPA de Cascatinha. No local recebeu cinco pontos e foi informado pela profissional que o atendeu que a paralisia no dedo por ser temporária, ou resultar na necessidade da realização de fisioterapia para o retorno normal dos movimentos. Ainda com os pontos, Jean afirma que não sabe como retornar ao trabalho, levando em conta que utiliza as duas mãos para manejar as câmeras com as quais lida diariamente. 

    O fato dos equipamentos serem pesados deixa o petropolitano ainda mais apreensivo. “Estou preocupado com a minha recuperação, e muito alarmado com o ocorrido. Piloto moto todos os dias há três anos e nunca tive um único acidente. Na minha opinião sofri um atentado na última sexta-feira, porque alguém ir para rua com uma linha cheia de cerol em plena tarde numa via de grande movimento, e ter consciência que irá ferir alguém. Como tudo aconteceu muito rápido nem parei para tentar identificar a pessoa que causou o acidente. Apenas procurei ajuda médica”, contou.

    Além do corte na mão, o pescoço de Jean também ficou ferido, e a mochila e o casaco dele foram rasgados. “Se estou mais rápido não tinha conseguido proteger o pescoço e segurar a linha para evitar o corte nessa região. Definitivamente eu poderia ter morrido. Na hora pensei na minha família, minha esposa e filha de apenas três anos. Por ironia cerca de 100 metros a frente de onde me feri me deparei com uma loja de pipas. Não contra que as crianças soltem pipa, mas é inadmissível que ainda se use cerol. Isso é muito grave! Além do ferimento, e do fato de que poderia ter morrido, estou sendo prejudicado profissionalmente”, disse em tom de lamentação.



    Últimas