• Liga das Escolas de Samba de Petrópolis pede mais atenção para o Carnaval

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  • 12/02/2016 09:32

    O carnaval 2016 acabou, mas a Liga de Blocos e Escolas de Sambas de Petrópolis (Libesp) já está preocupada com a programação de 2017. O Mestre Ivo, presidente da Libesp, diz que entende o fato de a prefeitura ter optado por não fazer o carnaval este ano por conta das ocorrências geradas pelas chuvas, mas diz que o público petropolitano e, principalmente as escolas e os blocos da cidade, sentem falta de uma programação nesse período. 

    Para Ivo, é preciso investir nos blocos de rua, assim como acontece no Rio de Janeiro. O carnaval do estado atrai milhões de foliões em uma programação que acontece durante todo o dia nos bairros. Aliás, fortalecer o evento nos bairros, com shows, trios e bateria de samba, também é uma das propostas do presidente da Libesp para os próximos anos. 

    Fundada em 2012, a Libesp conta com diversas entidades, como as escolas: Bem-te-vi, Oswaldo Cruz, 24 de Maio, Retiro, Vem que Tem, Independentes de Petrópolis, Escola Mirim e Não me Viu. Além das escolas, fazem parte da Liga os blocos Parada Obrigatória, Vai quem quer, Secos e Molhados, entre outros. 

    Segundo Ivo, as escolas em Petrópolis começam a se preparar de fato no mês de agosto, que é quando escolhem o enredo. Em outubro, começam os ensaios. “É importante que elas saibam se vai ter carnaval até maio para começarem a se organizar”, destacou. 

    Mestre Ivo também representa o segmento de Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos no Conselho Municipal de Cultura. Ele explicou que criou a Libesp justamente como uma tentativa de levantar e resgatar o carnaval da cidade, após as antigas ligas Lebop e Upec terem sido impugnadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

    Em 2016 chegou a apresentar à Fundação de Cultura e Turismo (FCTP) um projeto de desfile de menor porte. Porém, não foi aprovado por causa de verba. Para ele, é preciso investir de alguma forma no evento, seja por meio de parcerias privadas ou até mesmo promovendo a festa fora de época. “O que temos visto nos últimos anos é que falta interesse do governo municipal em investir no carnaval. Com isso, o receio é de que o evento perca cada vez mais espaço, assim como componentes”, disse. 

    Ivo defende ainda a realização de um desfile, seja no Centro Histórico ou em algum bairro, que pode ser indicado pela prefeitura. “Com uma quantidade menor de escolas, poderemos investir mais na produção dos desfiles”, finalizou. 





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