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  • 17/11/2021 08:00
    Por Fernando Costa

    Estou a ouvir a música “Abre as asas sobre mim oh Senhora Liberdade”, de autoria de Nei Lopes e interpretada por Zezé Motta consagrada cantora e atriz. Fico a imaginar o grau de independência da pessoa, ideal e valor supremo extensivo à nação. Ser livre, individualmente ou em grupo, mas, nos limites da lei. O que significa liberdade? Ela rima com responsabilidade porque  não existe para ser usada como se fosse um objeto descartável ou ao bel-prazer. Vivemos a época do usou e a seguir se arremessa à lata do lixo, por conveniência ou por capricho. Não é o propósito desta reflexão. A liberdade é, dos valores o mais digno e nobre.  O desejo humano de conquista dessa Senhora é de constante relato na história. Deus, ao criar o ser humano sabia das consequências, mas preferiu contemplar suas criaturas com  a liberdade. O homem é a principal criação Divina. Ao ser concebido à imagem e semelhança a ele foi dada essa característica fundamental. E ela se realiza em Cristo. Ele nos liberta da escravidão do pecado e nos abre caminhos, porque é, também, a verdade e a vida. São Paulo aos Gálatas e aos Romanos 4,7 e 8,14 nos diz que “A liberdade cristã visa, além do amor de Deus, o amor ao próximo.” Em nome dela, oportunistas a despeito do livre arbítrio, cometem desatinos, atrocidades, desmandos, crimes e injustiças. Ela é mais valiosa que o diamante, ouro e prata e, no entanto, a transformam muita das vezes em ferro fundido corroído pela ferrugem. Essa dialética, acima de um simples substantivo feminino, mas da existência, nos conclama ao amadurecimento da humanidade a conquista-la, imbuídos de comprometimento e consciência. Uma rápida guinada à história se depara com os anos 1788/1792, quando Joaquim José da Silva Xavier, “Tiradentes”, o mártir da Inconfidência Mineira, lutou bravamente pela liberdade. Era um cristão idealista. Em minha juventude o nome de Martin Luther King se tornou mundialmente conhecido. Ele morreu em busca da Senhora Liberdade. Defendia a igualdade entre os irmãos. Neste mesmo diapasão lembro as Santas Irmãs Dulce dos Pobres, da Bahia, Madre Tereza de Calcutá, São Francisco de Assis, dom Elder Câmara, o Santo Papa João XXIII e tantos outros, cada qual em seu tempo acenderam a tocha da liberdade entre os filhos de Deus. Devemos conviver com a Senhora Liberdade e nos orgulharmos dela. Merece nosso respeito. A escolha da profissão seguindo a aptidão, o exercício da cidadania, ir e vir, liberdade de amar e de viver em sua plenitude.  Não desejo enveredar pelas searas políticas e tampouco em profundos arrazoados dogmáticos ou  filosóficos, apenas decantar a liberdade tal qual fez Zezé Motta e procedem tantos outros. Estejamos alerta, pois, todo aquele que fira a liberdade viola a dignidade humana. Que Maria a Mãe do Belo Amor nos ajude a ser livres, redobre a nossa fé e esperança a provermos esse dom precioso em cada semelhante.

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