• Lewandowski: PF investigará envolvimento de crime organizado na distribuição de combustíveis

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  • 07/fev 09:03
    Por Raisa Toledo / Estadão

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal (PF) abrirá um inquérito para investigar a atuação do crime organizado no setor de distribuição de combustíveis. Lewandowski disse estimar que mais de mil postos estejam sob controle de organizações criminosas.

    O anúncio foi feito durante a primeira reunião do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, criado em janeiro, na quarta-feira, 5. Participaram do encontro representantes de órgãos como a PF, a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

    Segundo o ministro, a ação, que vai apurar a formação de cartéis e a infiltração criminosa, busca também fortalecer os mecanismos de fiscalização do setor. “O crime organizado tem utilizado postos de combustíveis como fachada para lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas, o que afeta diretamente a concorrência, distorce os preços e compromete a segurança econômica do setor”, afirmou.

    Ele também anunciou a criação de um subgrupo permanente, composto por diferentes agências e servidores da casa, para fornecer informações estratégicas e promover a troca de dados entre os órgãos envolvidos, ajudando a PF no aprofundamento das investigações.

    Lewandowski destacou a importância da questão para a economia brasileira e afirmou ser necessário tratar a questão de forma integrada entre as instituições. “O crime organizado infiltrado no setor de combustíveis tem gerado grandes prejuízos à economia nacional, não só pela sonegação de bilhões em impostos, mas também pela prática de lavagem de dinheiro, adulteração de produtos e formação de cartéis”, disse.

    O recém-criado Núcleo de Combate ao Crime Organizado foi criado com o foco de desenvolver estratégias conjuntas entre os órgãos do ministério. Entre suas funções estão mapear, sistematizar e analisar informações sobre grupos criminosos, suas estruturas, atividades econômicas e vínculos externos.

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