• Leila Pereira, do Palmeiras, empresta seu avião para levar 2,5 toneladas de alimentos ao RS

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 09/maio 16:20
    Por Ricardo Magatti / Estadão

    Leila Pereira, presidente do Palmeiras, decidiu colocar seu avião à disposição para levar doações ao Rio Grande do Sul, que passa pela maior catástrofe climática de sua história. A empresária vai disponibilizar a aeronave que comprou no ano passado para uso dos atletas e comissão técnica. No sábado, a aeronave vai levar cerca de 2,5 toneladas de alimentos e produtos de necessidade básica para o Estado.

    A aeronave de sua empresa Placar Linhas Aéreas, que saiu da manutenção recentemente e não foi usada pelo elenco do Palmeiras ainda neste ano, sairá de Congonhas e provavelmente vai pousar em Canoas, já que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado pelos efeitos devastadores das enchentes que assolam o Estado.

    Segundo o Palmeiras, todas as doações recebidas no jogo de domingo, contra o Athletico-PR, em Barueri, bem como nos postos de coleta colocados no Allianz Parque, nos centros de treinamento do clube, nas lojas Palmeiras Store e nas escolas de futebol, serão levadas a cidades gaúchas no avião que pertence a Leila Pereira.

    Os atletas jogarão com um QR Code na camisa na partida desta quinta-feira, contra o Liverpool, em Montevidéu, no Uruguai, pela Libertadores. As doações por meio desse código serão destinadas à ONG “Ação da Cidadania”.

    O Palmeiras também afirmou que toda a renda líquida que ganhará no duelo com o Athletico-PR será destinada às vítimas das chuvas. O clube foi um dos que pôs à disposição sua estrutura para os times gaúchos retomarem suas atividades quando for possível.

    Grêmio, Inter e Juventude agradeceram a gentileza, mas negaram deixar o Estado neste momento para treinar e jogar. O trio quer que o Brasileirão seja paralisado, mas a ideia foi rejeitada pela CBF, que decidiu pelo adiamento dos jogos das três equipes por um período de 20 dias.

    O desastre ambiental e a crise humanitária seguem em curso no Rio Grande do Sul, com quase 1,5 milhão de afetados e aumento do número de municípios atingidos dia a dia, com 425 das 497 cidades gaúchas impactadas. Ao menos 164,5 mil gaúchos estão desalojados.

    A sucessão de chuvas extremas, deslizamentos, vendavais e enchentes bloquearam centenas de vias, rodovias, pontes e acessos diversos pelo Estado. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 107 pessoas morreram e pelo menos 136 estão desaparecidas no Estado.

    A destruição deixou municípios praticamente inteiros debaixo d’água. Onde as cheias baixaram, a devastação começa a ficar ainda mais evidente, como no Vale do Taquari, porém há previsão de novos temporais e repique nas cheias a partir desta sexta-feira. Grande parte dos municípios vivem crise no abastecimento de água, energia e mantimentos.

    Últimas