• Lei Seca: interior registra o dobro de casos de motoristas alcoolizados

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  • 26/06/2018 11:01

    A Lei Seca completou 10 anos nesta semana e a Operação Lei Seca, desde o seu lançamento, em março de 2009 já realizou 64 blitzes na cidade de Petrópolis. Neste período, 7.614 pessoas foram abordadas, destas 698 com sinais de embriaguez. Além disso, 2.244 veículos foram multados, 508 rebocados e 663 carteiras de habilitação foram recolhidas. De acordo com estatísticas da Operação, o número de motoristas alcoolizados no interior do Rio representa mais que o dobro do que na Região Metropolitana e, por isso, as ações serão intensificadas.

    Desde 2009, quando se iniciou a Operação Lei Seca na região, as instituições vem intensificando as ações de fiscalização no interior do Estado do Rio de Janeiro. Todo o trabalho realizado é para redução do índice de motoristas dirigindo alcoolizados na região, índice esse que representa mais que o dobro do número de abordagens da Região Metropolitana. Este ano, a média de abordados com sinais de alcoolemia na Região Metropolitana é de 4,3%, enquanto no interior este índice chega a 9% do total de abordagens.

    No último ano, o número de blitzes no interior do estado aumentou 22,8%, já tendo sido realizadas 79 ações, que resultaram em 9.760 condutores abordados e 882 motoristas foram identificados com indícios de embriaguez. 

    “Analisando as estatísticas da Operação Lei Seca, percebemos que no interior muitos motoristas insistem em combinar álcool e direção. Intensificando as ações de educação e fiscalização nesta região, esperamos conseguir alertar a população para que mude seu comportamento e hábitos”, afirmou o tenente-coronel Marco Andrade, coordenador da operação.

    O Coronel Thiago Fernando Sardinha, do 26° Batalhão de Polícia Militar, alerta que o alto número de motoristas retidos por embriaguez, não se restringe a Petrópolis e interior do Estado. Ele cita, por exemplo, a Festa do Tomate de Paty de Alferes e a Bauernfest, festas do interior que recebem milhares de pessoas de outras regiões do estado.

    "Muitas pessoas da região metropolitana e baixada fluminense, vêm para o interior e região serrana para aproveitar e curtir as festas tradicionais. A Festa do Tomate, por exemplo, atrai milhares de turistas. Em Petrópolis, a Bauernfest tem como um dos principais atrativos a cerveja. Muita gente visita a cidade e não toma os devidos cuidados para evitar acidentes. Como é comum a ingestão de álcool nesses eventos, a melhor estratégia é a carona ou em muitos casos é melhor que o turista opte por permanecer na cidade, evitando pegar estrada", avaliou o Coronel. 


    Números no estado

    Desde a criação da Operação Lei Seca, em março de 2009, quase um ano após a criação da “Lei Seca”, foram realizadas 20.836 blitzes no estado. Neste período, 2.893.959 pessoas foram abordadas, destas 187.109 com sinais de embriaguez. Além disso, 533.428 veículos foram multados, 103.044 rebocados e 177.885 carteiras de habilitação foram recolhidas.

    Apesar dos altos números, a Operação proporcionou uma redução de 28% no índice de mortes e de 46% no número de motoristas abordados com sinais de embriaguez. A Operação Lei Seca RJ, envolve polícia militar, Detran/RJ e equipes da Companhia de Trânsito e Transportes de Petrópolis.

    Autor da Lei Seca, o deputado Hugo Leal, diz que o número de vítimas do trânsito, de maneira geral, ainda é alto. Ele lembra que beber e dirigir é uma conduta extremamente perigosa mas não é a única causadora de ocorrências no trânsito, sendo a alta velocidade ainda a grande vilã no trânsito. Para ele, Petrópolis precisa avançar. “Para melhorar a segurança viária, precisamos da conscientização e da educação dos motoristas sobre todas essas condutas perigosas. A ação do Poder Público não apenas na fiscalização dos condutores, mas também na manutenção e operação das vias é fundamental. Em Petrópolis, itens como sinalização, iluminação e pavimentação ainda precisam melhorar muito para diminuir o número de ocorrências”, disse o parlamentar. 


    Tolerância zero

    Conforme a Lei 12.760/12, o condutor sofrerá penalidades administrativas se realizar o teste do bafômetro e for apontada presença de pelo menos 0,05mg/L de álcool no ar alveolar. O motorista é multado no valor de R$ 2.934,70, tem o veículo retido e o direito de dirigir suspenso por um ano. Em caso de reincidência, a multa dobra e passa a ser de R$ 5.869,40. E, caso o índice seja igual ou maior que 0,34mg/L, além destas penalidades, configura crime de trânsito, cuja pena varia de 6 meses a 3 anos de detenção. Quem se recusa a realizar o teste do bafômetro sofre as mesmas penalidades administrativas do teste positivo.

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