• Lei municipal autoriza a entrada de animais para visitar seus tutores em hospitais

  • 28/01/2019 16:40

    Mais do que um grande amigo, o cãozinho Tico se tornou o anjo protetor da engenheira Ana Cláudia Fonseca. Há alguns anos, passando por uma forte depressão, a jovem contou com a ajuda do seu cachorro de estimação para enfrentar as crises de ansiedade e os momentos de mais dificuldade durante o tratamento. 

    “Na época, não tinha nada que pudesse me acalmar nas crises. Minha mãe colocava o Tico do meu lado na cama, e não sei se era a respiração dele, o carinho, mas aquilo me fazia respirar com mais calma. O que pra mim foi fundamental no meu processo de melhora, associado ao tratamento psiquiátrico”, contou Ana Cláudia. 

    É comprovado que os animais ajudam significativamente na recuperação e bem-estar de pacientes enfermos. E foi pensando nisso, que o vereador Márcio Arruda, criou um projeto de lei que permite a entrada de animais de estimação em hospitais públicos e particulares no município. 

    Há um tempo atrás, um amigo do vereador contou que estava internado no hospital e sentia muita falta do cachorro de estimação. Depois de muita insistência da família e após atestar que o animal tinha condições de entrar no hospital, o médico e a administração do hospital autorizaram a entrada do cachorro para as visitas. A melhora no estado de saúde do paciente foi significativa após o início das visitas do animal. Sensibilizado com o relato, o vereador criou o projeto para regulamentar e facilitar a visita dos pets em hospitais com o objetivo de contribuir para a melhora no quadro de saúde dos pacientes. 

    A lei nº 7.758, foi sancionada pelo prefeito Bernardo Rossi no último dia 14 de janeiro. De acordo com o texto, para que possa entrar em hospitais, o animal deve estar com a vacinação em dia, higienizado e possuir laudo veterinário atestando sua boa condição de saúde.

    A comissão de infectologia do hospital é responsável pela autorização da entrada do animal. Eles devem ser transportados em recipiente ou caixa adequada. No caso de cães a gatos, devem estar em guias, presas por coleiras e se necessário focinheiras.

    Para Ana Cláudia que passou pela experiência com o Tico, regulamentar as visitas vai contribuir muito tanto para a saúde do paciente, como para a relação com o animal de estimação. “Uma ajuda essencial para quem tá passando por um momento difícil. Muitas pessoas têm os animais como membros da família. Vai com certeza contribuir muito. Eu sempre digo aqui em casa, que se um dia precisar ficar internada, que minha família procure um hospital em que o Tico possa entrar. É como receber a visita de um familiar. Até para o animal, que sente falta quando o dono some vai ser bom”, disse. 

    O texto da lei também determina que as visitas sejam agendadas previamente com o hospital e sejam solicitadas e autorizadas pelo médico responsável pelo paciente. Sempre respeitando os critérios estabelecidos por instituição. 






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