• Kalil causa mal-estar com PT após dizer que governo em MG foi ‘lamentável’

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  • 26/08/2022 11:00
    Por Carlos Eduardo Cherem, especial para o Estadão / Estadão

    Após o ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), dizer que o Partido dos Trabalhadores teve uma administração lamentável no Estado, o ex-governador petista Fernando Pimentel respondeu que campanha eleitoral não é momento para criticar os aliados. Kalil é apoiado pela legenda e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo governo de Minas e tem como vice o deputado estadual André Quintão (PT).

    Em entrevista ao portal G1, Kalil classificou o governo de Pimentel, entre 2015 e 2018, como “lamentável”. “Sou candidato do PSD e quem vai governar é o PSD. O PT realmente fez uma gestão lamentável no Estado. Não vamos defender esse governo”, disse. “O governador (Romeu Zema, candidato à reeleição) veio aqui e falou 25 vezes no PT e em Fernando Pimentel. Eu não pretendo fazer isso. (…) Se o próprio Lula disse que cabe ao PT lamber as feridas e reconhecer o desastre que foi, acho que não sou eu quem vai defender”, afirmou Kalil.

    Por meio de nota, o ex-governador petista respondeu às críticas de Kalil. “Ao longo de mais de 50 anos na militância política, aprendi que campanha eleitoral não é a melhor hora para criticar os aliados. Como estamos em busca de um mesmo objetivo, que é a eleição do Presidente Lula, vou permanecer em silêncio até um momento mais adequado”, afirmou Pimentel.

    O deputado federal Odair Cunha (PT-MG), ex-secretário de Governo na gestão Pimentel, usou suas redes sociais também para responder às críticas de Kalil. “Antes de falar bobagem, o nosso candidato deveria se informar com o seu companheiro de chapa, do PT, que colaborou ativamente para superação daqueles anos difíceis. Ao invés de atacar aliados, ele deveria demonstrar as mentiras do atual governo, que são muitas”, afirmou o petista.

    A tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade, compartilhou os comentários de Cunha. Outras lideranças do PT de Minas Gerais também lamentaram os comentários do ex-prefeito de Belo Horizonte e chegaram a expor a membros da campanha de Kalil a insatisfação e ressaltaram que a viabilidade do candidato pessedista só é possível pelo apoio do PT e do ex-presidente Lula. Esses dirigentes lembram ainda que Quintão, o candidato a vice na chapa de Kalil, foi secretário de Desenvolvimento Social no governo Pimentel.

    Corrida eleitoral

    Na última pesquisa Datafolha de intenções de votos para o governo de Minas Gerais, divulgada na quinta-feira, dia 18, o governador Romeu Zema (Novo) lidera a disputa pelo Palácio Tiradentes com 47%. Kalil vem atrás com 23% das intenções de voto.

    Na sequência, aparecem os nomes de Carlos Viana (PL), com 5%; Marcus Pestana (PSDB), com 2%; Vanessa Portugal (PSTU), 2%; Renata Regina (PCB), 2%; Cabo Paulo Tristão (PMB), 1%; Lourdes Francisco (PCO), 1%; e Lorene Figueiredo (PSOL), 1%. Em branco e nulo são 9% e, não sabem, também 9%.

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