Justiça determina prisão preventiva de petista que matou amigo bolsonarista
A Justiça converteu em preventiva a prisão do eletricista Luiz Antônio Ferreira da Silva, 42, acusado de assassinar o amigo, o estilista José Roberto Gomes Mendes, 59, no meio de uma discussão política. O crime aconteceu no dia 4, em Itanhaém (litoral de São Paulo, a 110 km da capital). O acusado é petista e o amigo, que não resistiu aos ferimentos, era bolsonarista.
A decisão de manter o acusado preso durante o trâmite das investigações é desta quarta-feira, 5, e foi dada pelo juiz da 1ª Vara Judicial de Itanhaém depois da audiência de custódia. O caso é apurado pela Polícia Civil da cidade, pelo delegado Arílson Veras Brandão.
O caso está sendo apurado em um inquérito que tramita em segredo de justiça. O Ministério Público afirma, em nota, que foram desferidos oito golpes de faca contra Mendes, o que causou a sua morte. ‘O autuado matou o ofendido por motivo fútil, pois evidente a desproporção entre uma mera discussão por preferência política e a morte de um ser humano’, diz o órgão. Ainda não houve oferecimento de denúncia.
De acordo com a Polícia Civil de Itanhaém, o crime aconteceu durante a tarde. Silva e Mendes moravam juntos há cinco anos. Eles estavam fazendo almoço quando começaram a discutir sobre política. No registro da ocorrência, o acusado disse aos policiais que Mendes começou a ficar agressivo e quebrar as coisas dentro de casa, e ameaçando com uma faca. O acusado disse que agiu em legítima defesa, já o MP diz que o estopim da discussão foi quando o bolsonarista disse ao amigo que ‘todo petista é ladrão’.
Silva afirma que entrou em luta corporal com a vítima e golpeou o amigo no pescoço para se defender. A briga, segundo ele, teria terminado na cama, quando ele tomou a faca da mão do amigo e o golpeou. Ele disse aos policiais que ainda levou Mendes para o quintal, do lado de fora da casa, para pedir socorro. Contudo, quando o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local, o bolsonarista já estava morto.
Um tio do acusado, que também vive na mesma residência, chegou logo após a briga e encontrou o petista sujo de sangue, quando chamou a polícia. A arma do crime foi apreendida e Silva foi preso em flagrante.