• Juiz acata pedido de prisão preventiva de médico e estudante suspeitos de estupro de vulnerável

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  • 30/10/2018 17:30

    O juiz da 1ª Vara Criminal acatou o pedido de prisão preventiva do médico médico Lucas Pena de Oliveira e o estudante de medicina Guilherme Amorim Tobias por estupro de vulnerável de uma aluna da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) após uma festa realizada  no dia 31 de agosto. O pedido foi feito pela pela delegada titular Juliana Ziehe da 106ª Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava, onde o crime estava sendo investigado. Na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE) acatou a denuncia e também requisitou a preventiva dos suspeitos.

    Lucas e Guilherme foram presos no dia primeiro de outubro durante a Operação Tarja Preta deflagrada pelos policiais civis da 106ª Delegacia de Polícia. Eles estão na cadeia pública de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro. O médico foi preso em casa, onde os policiais encontraram remédios de tarja preta e maconha. Guilherme foi preso quando estava entrando na academia, na região de Corrêas.

    De acordo com o testemunho da vítima, o estupro aconteceu na casa do Lucas, na Rua Roberto da Silveira, no Centro, após a "Festa dos 100 dias" comemoração que antecede a formatura do curso de medicina. O evento foi uma casa de festas no Bingen. 

    Para o MPE, Guilherme não praticou atos sexuais contra a vítima, mas concorreu para o crime ao fornecer para Lucas as substâncias entorpecentes que "nublaram os sentidos dela, bem como por conduzi-la até o local do crime". 

    Conversas entre os dois demonstram a intenção deles de doparem mulheres durante a festa. Além disso, depoimentos de testemunhas colhidos durante as investigações confirmaram que os denunciados forneceram substâncias à vítima.

    De acordo com a delegada, depois da festa Lucas e Guilherme pararam em um posto de gasolina e deram uma pílula de ecstasy para a estudante, que acabou desmaiando. Ela foi levada para casa do médico onde foi estuprada. 

    O exame de corpo de delito feito na jovem, mesmo depois de 15 dias do crime, quando ela tomou coragem para denunciar o estupro, comprovou a violência do ato sexual. O crime de estupro de vulnerável (artigo 217 do Código Penal) prevê pena de oito a quinze anos de prisão. 

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