• Jovem petropolitano pode ser chamado para a guerra entre Israel e Hamas

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  • 17/10/2023 08:00
    Por Helen Salgado

    O petropolitano Bruno Schwartz mora em Qiryat Motzki, cidade localizada no Norte de Israel, há sete anos, e pode ser convocado para a Guerra que acontece entre o país e o grupo Hamas. Ele morou no bairro Jardim Salvador enquanto esteve em Petrópolis.

    O jovem reside no norte da capital israelense, onde a situação está mais calma, mas em estado de alerta. “O povo está tenso, mas não teve mísseis, nem nada do tipo”, afirma.

    Questionado sobre a incerteza de atuar ou não na linha de frente da guerra, Bruno afirma que o comandante do exército pediu para que os soldados apenas ficassem prontos. Nesta segunda-feira (16), Bruno ainda não tinha a resposta se iria para a batalha ou não. Ele conta ainda que no exército israelense tem, pelos menos, outros 15 brasileiros.

    Recentemente, Israel convocou 300 reservistas, mas Bruno explica que não estava nesse grupo porque está entre os mais novos, e que foram chamados os que possuem mais experiência, já que no país, são reservistas aqueles que têm até 45 anos.

    Atualmente, ele trabalha em uma fábrica de roupas que produz uniformes para os soldados que estão atuando na guerra e para os hospitais. “Eu estou bem calmo. O meu cargo não envolve muito perigo. Claro, eu queria estar lá fazendo parte da defesa do país. O que aconteceu comigo foi meu comandante avisando para eu ficar pronto, que me chamam assim que precisar, só que, por enquanto, ainda não”, diz.

    O petropolitano mora com os pais em Israel, mas lembra que o tempo que ficou no exército esteve sozinho no país.

    Foto: Arquivo Pessoal/Bruno Schwartz

    Bruno perdeu amigo em ataque do Hamas

    Ranani Glazer nasceu no Rio Grande do Sul e também vivia em Israel. O jovem estava em uma festa rave realizada no dia 7 de outubro, quando terroristas conseguiram entrar no local e iniciaram os disparos.

    Ele até tentou escapar do ataque dentro de um bunker – estrutura fortificada construída para resistir aos projéteis de guerra – mas não obteve êxito. Ranani era amigo de escola de Bruno e também entrou no exército com ele.

    Ranani (foto) foi um dos brasileiros mortos em ataque do Hamas a uma festa rave.
    Foto: Reprodução Redes Sociais

    O gaúcho tinha 23 anos e foi assassinado poucos dias antes do seu aniversário. De acordo com Bruno, eram dois mil jovens na rave, que ocorreu no meio do deserto, pois era o único local onde seria possível realizar uma festa nessa proporção.

    Guerra entre Israel e Hamas

    O grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, atacou pela primeira vez, no dia 7 de outubro, Israel, matando pelo menos 1.400 pessoas e capturando reféns. Já Israel, revidou com bombas que mataram mais de 2.700 pessoas. No dia 14 de outubro, foi anunciada uma ofensiva por ar, terra e mar contra o território.

    Em 15 de outubro, a Força de Defesa de Israel confirmou que 126 israelenses estavam sendo mantidos reféns na Faixa de Gaza. O Hamas afirmou que 13 já morreram em Gaza por conta dos ataques israelenses.

    Leia também: Força de Defesa de Israel confirma que 126 israelenses são mantidos reféns em Gaza

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