Jogadores da pior seleção do mundo são amadores e têm empregos como administrador e designer
A vitória de San Marino sobre Liechtenstein por 3 a 1, na última segunda-feira, em jogo válido pela Liga D da Liga das Nações, colocou o pequeno país em evidência. A ilha, que é rodeada pela Itália, não é conhecida pelo bom futebol. Pelo contrário, a seleção ocupa o último lugar no ranking da Fifa. Por conta disso, os jogadores não podem se dedicar 100% ao esporte. Semi-amadores, os atletas do País têm outros empregos para complementar a renda.
Entre os atletas que entraram em campo na vitória da equipe, apenas um é profissional. Nicola Nanni atua pelo Torres, time da terceira divisão italiana. Ele marcou o segundo gol da seleção cobrando penalidade e decretou a virada de San Marino sobre Liechtenstein. Os companheiros de Nanni, porém, têm outros empregos fora dos gramados.
Um dos jogadores mais reconhecidos do País, Marcello Mularoni, é, também, consultor empresarial. O grupo conta com administradores, designer gráfico, personal trainers e até estudantes. Dessa forma, os atletas de San Marino não conseguem se dedicar sempre ao futebol, o que ajuda a explicar os resultados ruins do time e a alcunha de “pior seleção do mundo”.
Os resultados ruins, porém, parecem ter sido esquecidos na última segunda-feira, quando a seleção atingiu feitos históricos como a primeira vitória fora de casa. Também foi a primeira vez que a equipe marcou três gols em uma partida. Por fim, San Marino garantiu o acesso inédito à Liga das Nações C. Após o triunfo, jogadores e torcedores comemoraram com gritos de “campeões”, para celebrar o momento.
A vitória também credenciou a seleção a uma possível repescagem das Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de 2026. Quatro vagas na repescagem europeia serão preenchidas com campeões dos grupos da Liga das Nações, incluindo San Marino, que, no entanto, está no fim da fila.
Para participar da repescagem, a seleção de San Marino – que também pode se classificar via Eliminatórias – terá de torcer para que Espanha, Portugal, França, Alemanha, Inglaterra, Noruega, Suécia, Irlanda do Norte, Macedônia do Norte, campeãs de grupos das ligas acima da sua (A, B e C) já estejam garantidas na Copa ou na repescagem.