• Jogador do Burnley é alvo de ofensas nas redes sociais após empate com o Arsenal

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  • 07/03/2021 08:49
    Por Estadão

    O Burnley denunciou neste domingo que o zagueiro Erik Pieters foi alvo de ataques virtuais após a equipe empatar em casa por 1 a 1 com o Arsenal, sábado, pela 26ª rodada do Campeonato Inglês. O motivo é um suposto pênalti que ele teria cometido durante o jogo, mas que não foi assinalado.

    No final da partida, ao tirar de cima da linha um gol do Arsenal, o defensor holandês recebeu o cartão vermelho, mas o VAR revisou a marcação e o árbitro Andre Marriner retirou a expulsão. Antes disso, Pieters colocou o braço na bola dentro da área, mas o juiz ignorou e não marcou a penalidade.

    “Estamos cientes dos abusos online dirigidos a Erik Pieters após o jogo de ontem. Obrigado a todos que destacaram esses ataques”, informou o clube inglês no Twitter, sem detalhar quais ofensas ele teria sofrido e sem deixar claro se esses comentários partiram de torcedores do Arsenal. “Estamos em contato com todas as partes relevantes e oferecendo nosso apoio a Erik e sua família”, completou.

    As ofensas no ambiente online são um problema recorrente no futebol inglês, que tem travado uma batalha inglória para mudar esse cenário. Vários jogadores, incluindo o meio-campista brasileiro Willian, do Arsenal, foram vítimas de abusos nas redes sociais recentemente. No caso dele, foi chamado de “macaco” no Instagram.

    Os jogadores ganharam apoio dos clubes e entidades, incluindo a Premier League, no combate a esses ataques, muitos deles racistas, homofóbicos e xenofóbicos. As partes começaram a pressionar e assinaram uma carta conjunta destinada a Jack Dorsey, CEO do Twitter, e a Mark Zuckenberg, proprietário do Facebook e do Instagram, exigindo providências para lidar com o grave problema. Recentemente, o Estadão falou com as gigantes das redes sociais para entender o que está sendo feito.

    O Instagram, cujo dono é o Facebook, anunciou medidas para lidar com os abusos online, incluindo a remoção de contas de pessoas que enviam mensagens abusivas e o desenvolvimento de novos controles para ajudar a reduzir as agressões no ambiente virtual e disse que haverá “ações mais duras para quando tomarmos conhecimento de mensagens que violam nossas regras no Direct”.

    O Twitter afirmou que o “comportamento racista, abuso e assédio não têm absolutamente nenhum lugar em nosso serviço” e insistiu que trabalha para garantir que a plataforma “seja um lugar seguro para se expressar e acompanhar a conversa sobre futebol, sem medo de abusos ou intimidação”.

    Segundo a rede social, foram removidos mais de 5 mil tuítes dos 11 milhões que foram publicados no Reino Unido sobre futebol desde o início da temporada em 12 de setembro e tinham como alvo conversas que violavam as regras da plataforma.

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