• Jaques Wagner diz que PL da Reciprocidade não é dirigido especificamente a Trump

  • 01/abr 17:27
    Por Geovani Bucci / Estadão

    O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o PL da Reciprocidade não é dirigido especificamente a uma pessoa ou um país, ao ser questionado sobre o apoio de parlamentares da oposição ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou um “tarifaço” para esta quarta-feira, 2. “Se a regra do jogo mundial começa a mudar, nós como brasileiros – tanto faz se é de governo ou oposição, empresários e trabalhadores – nós vamos ter que nos adequar para nos proteger”, disse o senador entrevista à Globonews nesta terça-feira, 1º de abril.

    “O governo do presidente Lula e a oposição não querem ‘brincar’ de brigar com ‘gente grande’. Nós não estamos querendo provocar, mas não podemos ser subservientes. Se alguém diz que nosso produto vai ser prejudicado, tenho que procurar uma defesa”, continuou Jaques Wagner. “Bom lembrar que todos os produtos que estão na nossa agenda comercial com os EUA também podem ser disputados por outros fornecedores no mundo. Na medida que eles trancam tudo, se for efetivado, acaba que outros concorrentes vão ganhar.”

    O senador ressaltou que foi uma surpresa para o mundo a forma como Trump vem tratando o comércio internacional, principalmente em relação à Europa, Canadá, México e Brasil. “É deficitário para o Brasil. Nós não ganhamos no comércio com o americano. Mas, é evidente que é um parceiro importante”, afirmou.

    O projeto de lei, aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais recíprocos por parte dos países com os quais o Brasil tem comércio. Em votação, 16 senadores do colegiado foram favoráveis. Não houve votos contrários ou abstenções.

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