Já está em vigor lei que proíbe distribuição e venda de sacolas plásticas comuns em mercados
Entrou em vigor nesta quarta-feira a lei que proíbe a distribuição e venda de sacolas plásticas nas grandes empresas. Para minimizar o impacto para o consumidor, um projeto de lei foi aprovado na Alerj obrigando os supermercados a fornecerem gratuitamente duas sacolas recicláveis aos consumidores. Antes mesmo de sancionada pelo governador, a medida foi acatada pela Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj). O projeto de lei nº 69/19, de autoria do deputado Carlos Minc, divulgado na semana passada, altera a lei nº 8006/18 aprovada no ano passado.
O texto foi aprovado pela Alerj, mas aguarda sanção do governador Witzel. Há previsão de que, nos primeiros seis meses de vigor da norma, os estabelecimentos deverão disponibilizar gratuitamente duas sacolas feitas de material sustentável aos consumidores. As demais sacolas poderão ser cobradas (pelo preço de custo), de até R$ 0,08.
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A Campanha “Desplastifique-se Já”, lançada ontem, feita pela Asserj pretende fazer os consumidores repensarem sobre o uso indiscriminado das sacolas, orientar sobre o impacto do produto no meio ambiente e suas consequências na vida de cada pessoa, buscando a mudança de hábitos para um consumo mais consciente,incentivando o uso de sacolas retornáveis.
Os supermercados associados à Asserj em Petrópolis são: Armazém do Grão, Mercado Extra, Terê Frutas e Green Fruit. Estas sacolas deverão ter resistência de no mínimo quatro quilos e serem confeccionados com mais de 51% de material proveniente de fontes renováveis, como o bioplástico produzido de cana-de-açúcar ou milho. Elas também deverão ser confeccionadas nas cores verdes, para resíduos recicláveis e cinza para outros rejeitos, de forma a auxiliar o consumidor na separação dos resíduos e facilitar a identificação para as respectivas coletas de lixo.
Saco plástico de verduras
Reduzir a utilização dos sacos transparentes para verduras e legumes também é fundamental para diminuir a quantidade de plástico descartado incorretamente, segundo a gestora ambiental Pâmela Mércia. “Esse alimentos têm casca, então há uma proteção natural, não sendo necessário colocá-los nesse plástico. O uso de ecobags menores seria o mais indicado”, disse.
Em relação a pesagem desses alimentos, Pâmela observa que muitos mercados já pesam no caixa e dão o valor direto na nota. “Acredito que haverá adaptações dos mercados para essas situações, já que o intuito é diminuir o consumo do plástico. Talvez eles também sejam proibidos mais para frente. É essencial, no entanto, que as pessoas tenham um novo olhar para que reduzam a sua utilização também”, continuou Pâmela.
As alternativas são variadas para as compras. O uso de ecobags, sacolas de ráfia (retornáveis) e até caixas de papelão são solução ára o transporte das compras, mas é preciso pensar também no lixo doméstico. Para resolver essa questão será necessário que os consumidores de fato mudem seus hábitos. Pâmela Mércia indica a utilização de caixas de papelão e a separação do lixo, com a reutilização dos materiais que podem ser reciclados, como alternativa. Assim, a quantidade do que será descartado será menor.
Ela lembrou também a importância de utilizar sacos específicos para o descarte de lixo. “O saco preto é próprio para o lixo e eles acabam sendo feitos com a reciclagem de outros tipos de plásticos, o que reduz sua vida útil, fazendo com que eles se decomponham mais rápido. Com certeza no início será difícil, mas é importante que todos trabalhem para para substituir as saquinhas do mercado”, frisou ela, que é diretora de meio ambiente do Projeto Água.