• Israel mata líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia

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  • 29/ago 20:27
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    O Exército de Israel afirmou ontem ter matado um líder da Jihad Islâmica Palestina no segundo dia de uma grande operação na Cisjordânia – uma das maiores no território palestino ocupado nos últimos anos. Centenas de tropas israelenses lançaram incursões em várias áreas, realizando prisões em massa e se envolvendo em batalhas como parte de uma operação que, segundo o Exército, é necessária para evitar ataques terroristas.

    As operações militares ao redor de Jenin e Tulkarem continuaram ontem, com grupos palestinos dizendo que estavam trocando tiros com as tropas israelenses. Israel disse também ter conduzido uma “operação menor” em Fara’a, um campo de refugiados perto da cidade de Tubas.

    O Exército de Israel anunciou que Mohamed Jaber, também conhecido como Abu Shuja’a, foi um dos cinco combatentes mortos dentro de uma mesquita em Tulkarem após “trocas de tiros”.

    Jaber, o comandante do batalhão de Tulkarem da Jihad Islâmica Palestina, era um dos homens mais procurados de Israel por seu papel no planejamento e execução de ataques, incluindo um tiroteio que matou um civil israelense na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia, em junho. A Jihad Islâmica Palestina confirmou a morte de Jaber em um comunicado publicado no Telegram.

    A Wafa, agência de notícias oficial da Autoridade Palestina (AP), afirmou que 17 pessoas foram mortas ao todo nos dois dias de operações militares na Cisjordânia. Riyad Awad, chefe do conselho municipal de Tulkarem, afirmou que os militares israelenses estavam invadindo sua cidade e muitos residentes não conseguiram sair de suas casas.

    Segundo Awad, o Exército de Israel usou escavadeiras, “destruindo ruas e cortando tubulações de água”. Os militares israelenses utilizam escavadeiras com frequência na Cisjordânia para combater o que dizem ser “ameaças de explosivos improvisados colocados sob as ruas”.

    Pausas em Gaza

    A ONU e a vizinha Jordânia criticaram ontem a invasão, assim como líderes britânicos e franceses, que enfatizaram a urgência de um cessar-fogo na Faixa de Gaza após quase 11 meses de combates entre Israel e Hamas.

    A partir de domingo, Israel interromperá algumas operações militares em Gaza para permitir que trabalhadores da saúde comecem a administrar vacinas contra a pólio em cerca de 650 mil crianças no território palestino, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Um caso foi descoberto no início deste mês pela primeira vez em 25 anos. Abdel-Rahman Abu El-Jedian, de 10 meses, ficou parcialmente paralisado por uma cepa mutante do vírus que pessoas vacinadas eliminam, de acordo com cientistas.

    O menino não foi vacinado porque nasceu pouco antes de 7 de outubro, quando combatentes do Hamas atacaram Israel, dando início a uma ofensiva retaliatória em Gaza. Ele é uma das centenas de milhares de crianças palestinas que não foram vacinadas por causa dos combates. Segundo a OMS, a pólio foi eliminada da maior parte do mundo graças a um esforço coletivo de décadas para erradicar a doença. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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